Edição 176 - 29/11/2016
Sinal responde à imprensa
Ainda ontem, a assessoria de imprensa do Sinal procurou desfazer os equívocos apresentados na matéria d’O Estado de São Paulo sobre os ganhos dos servidores públicos, inclusive trabalhando preventivamente junto a outros órgãos de imprensa.
Confira na íntegra a mensagem enviada:
“Sobre a reportagem “Servidores ganham salário dez vezes maior” de 27 p.p., temos algumas considerações.
Inicialmente é inapropriado comparar o salário médio do funcionário do Banco Central com o rendimento médio do trabalhador brasileiro, pelo fato de noventa e cinco por cento do quadro do Banco Central ser composto por funcionários qualificados, que possuem nível superior, dos quais cerca de 40% possui nível de pós-graduação (MBA, mestrado, doutorado e pós-doutorado), bem distinto do trabalhador médio brasileiro – 84% não tem ensino superior, segundo o IBGE.
Quanto às aposentadorias, os valores são referentes aos atuais aposentados, mas a reportagem ignorou que em 2003 houve uma reforma que acabou com a aposentadoria integral, no lugar da qual foi criado um fundo de previdência específico para a complementação de renda do futuro inativo (que entraram no serviço público após aquela reforma) que receberá, no máximo, o equivalente ao teto do benefício do INSS.
Outras impropriedades da matéria: o salário inicial de um concursado do BC é de R$ 6.005,44 e o final é de aproximadamente, R$ 22.567,61. Para quem entende um pouco de média, com cerca de 4.500 funcionários que ingressaram em diversos concursos e que estão em diversos pontos da carreira, é absolutamente fantasioso dizer que o salário médio seja de R$ 22.400,00, praticamente o salário máximo em final de carreira.
Entendo que por conta do enxugamento do quadro de pessoal nas redações, os repórteres têm que se desdobrar em cobrir vários assuntos ao mesmo tempo, o que leva muitas vezes a apurações pouco acuradas.
Cabe a nós fazermos as devidas correções, e ao jornal, checar essas observações e informar melhor seus leitores, principalmente em se tratando de uma agência de notícia, como a Agência Estado, que capilariza todo o país com seu serviço de notícia.
Peço que corrijam, não na forma de carta, porque os leitores que foram mal informados continuarão com a mesma percepção equivocada que a reportagem criou.”