Edição 13 – 27/1/2017
Ao trabalho, BCB!
O diálogo entre o Sinal e a Comissão Estratégica na última segunda-feira, 23 de janeiro, revisitou uma série de demandas internas, que já estiveram em pauta nos últimos encontros entre as partes. Necessidades conhecidas, mas que, da mesma forma das demais oportunidades, não encontraram a necessária agenda de resoluções.
A recorrente falta de encaminhamentos objetivos para os pleitos é notada e sentida por todo o corpo funcional, que aguarda da administração da Casa o empenho imprescindível para o bem-estar de seus servidores e o estabelecimento do bom clima organizacional no BCB.
Questão de vida ou morte
Assunto prioritário, a perenidade do PASBC, mais uma vez, ganhou destaque à mesa. Mantido o mistério sobre o que o relatório da consultoria Salutis reserva aos participantes, o Sinal exigiu mais detalhes sobre o teor das propostas. Como agente interessado no processo de discussão de alternativas para a sustentabilidade do plano, o Sindicato recordou as diversas cobranças ao longo dos encontros com os representantes do BCB.
Do outro lado da mesa, a resposta de que deverá ser mantido, ao menos, até o fim do próximo mês, prazo final para a entrega dos resultados pelos grupos de trabalho criados para análise do relatório, o compasso de espera para que os maiores interessados, e possíveis prejudicados, tenham conhecimento e alguma oportunidade de opinar sobre o futuro do PASBC.
O mínimo que se espera é que, sejam quais forem as propostas apresentadas por esses GTs, haja um amplo debate sobre as mesmas e que eventuais ajustes que se fizerem necessários contemplem sacrifícios não só dos participantes do programa, mas, também e principalmente, do BCB.
É a vida de nosso plano de saúde em jogo!
Os números estão à mesa
O cenário de desalinhamento remuneratório entre as carreiras de Estado está posto. A direção da Autarquia prometeu avaliar ações para atenuar o quadro, após a conclusão da tramitação, no Legislativo, dos reajustes de algumas carreiras. Na aposta de que o assunto iria longe, foi surpreendida pela edição da Medida Provisória 765/2016, no último dia 29 de dezembro, que agrava o panorama para os próximos exercícios.
A matéria ainda pode trazer de volta o temido fenômeno de êxodo de servidores dentro de órgãos da Administração Federal. Mais temido ainda por aqui, uma vez que, mesmo com o efetivo defasado, o BCB não tem autorização para a realização de novos concursos, realidade que deve ser mantida após a aprovação da Emenda Constitucional 95/2016.
É necessário um “movimento político” por parte da Autarquia, conforme exigiu o presidente nacional do Sinal, Daro Piffer, durante a reunião da última segunda. Mais do que uma questão de números, é necessário que o órgão defenda seu qualificado corpo técnico, promovendo medidas que o conduza ao seu lugar entre os mais valorizados servidores do Estado brasileiro.
A direção também foi informada sobre os avanços alcançados para a instituição de Grupo de Trabalho com a participação do Sinal e do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Até o momento, a interlocução com a Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (SEGRT), do MP, trata de uma pauta comum às carreiras do Núcleo Financeiro. No entanto, espera-se, quando forem discutidas diretrizes específicas do BCB, atitude forte da direção da autarquia para a resolução de uma agenda que, além das demandas mais recentes, abrigará itens que carecem de encaminhamento há mais de uma década, como a instituição de nível superior para o cargo de Técnico.
A questão do pequeno grupo de celetistas da ativa do BCB, sem reajuste em seus salários desde o ano de 2000, discutida desde a apresentação da pauta de reivindicações em 2015, ganha contornos finais no âmbito daquele ministério e, em caso de solução positiva para esses trabalhadores, também necessitará de esforço da direção para os encaminhamentos visando sua implantação.
Aguarde um instante…
Talvez, a expressão acima seja a mais apropriada para sintetizar os esclarecimentos prestados pelos representantes do BCB acerca de flexibilização da jornada, teletrabalho e mobilidade. Entre fases de avaliações e estudos de normas sobre a viabilidade das medidas em pauta, que há muito permeiam a extensa gama de demandas internas, o Sinal exigiu celeridade para uma resposta aos servidores, lembrando que estes vêm dando claros sinais de insatisfação com a procrastinação das soluções para os temas.
… um instantinho mais
Qual será a providência tomada diante da vergonhosa sujeição dos Especialistas à revista do detector de metais na entrada de seu próprio local de trabalho? Quando o acesso aos canais de comunicação do Sinal e do BCB, via YouTube, será liberado dentro do próprio órgão? Quando o SISBACEN vai disponibilizar aos servidores que estão avaliando a migração para o RPC o cálculo do Benefício Especial de que trata a Lei 12.618 (RPC/Funpresp)? Estas foram mais questões levantadas pelos representantes do Sinal na ocasião.
As interrogações acima citadas, como muitas outras, não parecem carecer de compreensão e sim de mais empenho, com vistas à valorização do corpo funcional autárquico e em resposta ao eminente resultado por ele produzido.
O Sinal vem fazendo a sua parte que é a de ser o representante dos servidores, transmitindo seus anseios e suas insatisfações, que só prejudicam o funcionamento harmonioso da instituição, cobrando da direção do BCB empenho, dentro de suas competências, para, com tempestividade necessária, dar resposta adequada a essas reivindicações.
E para que o título desta matéria seja transformado em realidade corrente e as demandas aprazadas e atendidas, ao servidor cabe uma tarefa principal: mobilização para aumentar a pressão.