Edição 25 – 14/2/2017

Aposentados e pensionistas endossam luta contra a PEC287/2016


Em atos unificados nesta segunda-feira, 13, em Brasília, representantes do serviço público e da inciativa privada rechaçaram a proposta de reforma da Previdência

Um dia de mobilização para mostrar que aposentados e pensionistas, do serviço público e da iniciativa privada, também rechaçam a escalada de restrições a direitos proposta pela PEC287/2016. Nesta segunda-feira, 13 de fevereiro, em Brasília, o Instituto Mosap e a Cobap promoveram grandes atos unificados contra a reforma da Previdência. A programação contou com missa, marcha pela Esplanada dos Ministérios, sessão solene no Senado Federal e manifestação em frente à antiga sede do Ministério da Previdência.

O diretor de Relações Externas, Paulo Lino, e a assessora nacional, Sandra Leal, representaram o Sinal no evento.

1º ato: Oremos!

A concentração começou, logo nas primeiras horas da manhã, com missa na Catedral Metropolitana. Os quase quatrocentos aposentados e pensionistas, de diversas partes do país, participaram da Celebração Eucarística.

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Durante o encontro, foi lida a Carta de Brasília. No documento, as dezenas de entidades sindicais signatárias classificam a PEC287/2016 como “terrível golpe aos trabalhadores” e “desmanche definitivo da Previdência Social”.

2º ato: Em marcha!

Em seguida, os manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios, rumo ao Senado Federal. Empunhando faixas e entoando palavras de ordem, o grupo chamou a atenção de pedestres e motoristas que passavam pelo local.

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Toda a passeata ocorreu de forma ordeira e pacífica. Ao fim do ato, a concentração tomou o gramado em frente ao Congresso Nacional.

3º ato: Não à retirada de direitos!

Em sessão solene no plenário do Senado Federal, lideranças de sindicatos, associações e parlamentares, mais uma vez, disseram não à retirada de direitos. O Senador Paulo Paim (PT/RS), anfitrião do evento, tachou a medida de “crime contra a humanidade em curso”. O parlamentar propôs, ainda, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), destinada a verificar as contas da Previdência.

Discurso endossado pela presidente da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, que observou: “Todos os anos sobram recursos no caixa da Seguridade Social. Se não fosse verdade, não existiria a DRU”. Fatorelli ponderou, também, que a deterioração do setor atende apenas os interesses do mercado financeiro, que lucra com o crescimento da previdência privada e a exorbitante dívida pública.

“Não é uma reforma, é um meio de aniquilar o trabalhador”, afirmou o presidente do Instituto Mosap, Edison Haubert. Críticas e um alerta aos parlamentares que votarem favoravelmente à PEC287/2016. “Vocês serão lembrados pela sociedade em 2018. Logo vêm as eleições”, concluiu Haubert.

O senador Lindbergh Farias (PT/RJ) questionou a série de medidas de restrição fiscal que transfere o ônus da má gestão financeira apenas à população assalariada. “Onde estão as imposições aos mais ricos? Onde está a tributação de grandes fortunas, por exemplo? O pagamento de juros da dívida supera, em muito, os investimentos em Previdência”, ressaltou.

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4º ato: “Devolva-nos a Previdência!”

O coro que fechou a sessão no plenário do Senado Federal, foi mote para o encerramento dos trabalhos, em frente à sede do antigo Ministério da Previdência. Os manifestantes exigiram que o governo revogue a decisão que anexou a pasta ao Ministério da Fazenda e contribuiu, segundo o grupo, para o enfraquecimento do setor. De acordo com o presidente da Cobap, Warley Martins, a reforma ministerial “tornou a Previdência apenas um puxadinho da fazenda”.

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