AO VIVO

    Estava no portal Terra que a famosa “quem?”, Gianne Albertoni, uma das comandantes do "Hoje em Dia", da Record sapecou no ar: "Vamos mostrar uma matéria que eu e o Miro fez". Em seguida, pareceu prestar atenção em algo que o diretor falava no ponto eletrônico e tentou corrigir, demonstrando toda a sua sabedoria. "A gente fizemos a matéria, nós dois". Trocando e-mails com um amigo, lembramos de Aérton Perlingeiro, apresentador do “Almoço com as Estrelas” da finada TV Tupi, um especialista nas “pisadas na bola ao vivo”. Contei-lhe que o Aérton, distribuía brindes para o auditório por meio de uma  roleta que parava quase sempre nos locais que indicavam  “passe a vez”.  Um dia ele chamou uma velhinha pequeninha e magrinha para tentar a sorte. A velhinha, ingênua coitadinha, sem força,  não conseguiu rodar com energia e a roleta parou no melhor brinde.  Encolerizado, Aérton atravessou o palco gritando “ao vivo” com a velhinha: “Não faz sacanagem não, pô!. Não faz sacanagem!”.O interlocutor devolveu a lembrança com outra história do programa, contada por seu pai: um mágico pediu uma gravata a um senhor do auditório. Pegou uma tesoura e cortou-a em três pedaços, prometendo-lhe a devolução intacta. Só que os “abra-cadabras”, não surtiram efeito, a gravata continuou cortada em três pedaços e o incauto ficou no prejuízo.  Contudo, acho que ápice da carreira do Aérton, foi um concurso que elegeria o melhor cuscuz (já contei essa história). A disputa ainda não havia chegado à metade e os três jurados desistiram de provar, cada um, um quitute feito por umas trinta baianas. Pressionado pelas concorrentes, Aérton tinha que arranjar uma solução para ver quem era a vencedora. Foi então que teve a genial idéia: O AUDITÓRIO DECIDE! PALMAS PARA A NÚMERO UM! PALMAS PARA A NÚMERO DOIS, PALMAS… Lá em Friburgo, o misto de dono da rádio e apresentador de programa de prêmios, “Doutor Aloisio”, sentindo que o ouvinte na linha não era lá muito chegado aos conhecimentos gerais, resolveu, mesmo assim, premiar o sujeito. No ar, recomendou a sua produção: “dá uma coisinha vagabunda a ele. Um guaraná Caledônia”.  No outro dia o único patrocinador do programa cancelou o seu compromisso: a fábrica de bebidas Caledônia. Como tinha uma filha que era tenista profissional, “Doutor Aloisio, construiu uma quadra em sua casa. Mas, isso nada representava para quem queria massificar o esporte. Foi então que, acho que inspirado na extinta Rádio Relógio, que transmitia "ao vivo" apresentações de ginástica, cismou que iria dar aulas de tênis pelo rádio. Dizem que quem sintonizava a “emissora das montanhas” na hora do programa, ouvia o seguinte som: PLOC, pausa rápida, PLOC, pausa rápida, PLOC… (também já contei essa história).

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