“CULT”

    <!– /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Verdana; panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:536871559 0 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";}@page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;}div.Section1 {page:Section1;}–>Durante bom tempomantive como segredo, guardado a sete chaves, minha opinião sobre diversoslivros, músicas e filmes.          Contudo,li um texto do Nélson Motta  revelandoque foi reprovado duas vezes em Português pelo seu desinteresse por aulaschatíssimas e por autores insuportáveis que lhes eram dados para ler, como Joséde Alencar e Camilo Castelo Branco.           Ejá que o Nélson Motta, a quem não considero nada demais, pode realizar essetipo de confissão, eu também posso.             “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machadode Assis,  foi um suplício para mim. Aprofessora de Português nos mandou resumir o livro em apenas duas páginas. Nãoconsegui ler a obra e fiquei de segunda época numa matéria que não tinhadificuldades.          “Vivao Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro,” foi outra obra “cult” que nãopassei da 3ª página.  O consolo foi queum dia, outro leitor me disse que também não conseguia ler o livro. A confidênciame motivou a revelar que passava pelo mesmo problema.                No cinema, não entendo a classificação de “Era uma vez no Oeste”, como “cult”.Nada no filme me impediu a série de bocejos provocados por sua “eterna” duraçãoe pelo ritmo excessivamente arrastado. Outros “cults” que considero soníferossão “O mágico de Oz” e “Dançando na chuva”.                     Em uma chopada, escutei criticas a “passagens de matar” de algumas músicas desucesso. Sobrou até para “meu mulatoinzoneiro”; “merencória luz da lua” e “esse coqueiro que dá coco, de”Aquarela do Brasil”. Até que, um dos convivas, já “alegre”, decretou como “amúsica mais chata do cancioneiro popular brasileiro o clássico “Chão deEstrelas”! Olha só, enumerou ele: “Guizos falsos da alegria… Mulher pomba-rola… Palhaço das perdidasilusões…”. A unânime aprovaçãofoi celebrada com um grande gole nos chopes gelados.                 Dizem, e concordo que um dos pré-requisitos para se escrever é possuir cultura.Mas, se o preço a ser pago, for gostar de tudo que é considerado “cult” pela “intelligentzia”,  vislumbro poucas chances de sair da minhaatual condição de membro da ralé cultural.

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