FÉRIAS, BABAU

    E lá se foi mais um período de férias. Alguém pode achar esquisito um aposentado, que nem eu, estar a “tirar férias”. Claro, faço uma parada nas divulgações de minhas crônicas sempre em janeiro e fevereiro. Acho muito justo.O que a gente espera quando assume férias é ter mais tempo para ler, ouvir boa música, para fazer coisas agradáveis que durante o resto ano nem sempre se consegue, enfim, continuar até mesmo escrevendo, porém sem pressão, mais devagar, para ir formando uma reserva até recomeçar na divulgação. Isto também eu faço, afinal não consigo parar de escrever. Mas, vejam só, foi o primeiro verão que não me animou, por exemplo, a ir à praia. Devem estar lembrados que tivemos dias e dias, aqui no Rio de Janeiro e também em Cabo Frio, de chuva, bastante chuva, e, contrariando a estação, algum frio.Digo frio porque por aqui temperaturas entre 20 e 25 graus, num verão, em pleno janeiro, além de algo totalmente atípico, atrapalha qualquer plano de freqüentarmos a praia. E em Cabo Frio, além disso, ainda teve aquele vento, ora nordeste, ora sudoeste, também fora de época, que ajudava a baixar ainda mais a sensação térmica. Na fase seguinte as temperaturas subiram tanto que de um dia para o outro chegamos a ter uma elevação de, nada mais , nada menos, 10 a 12 graus. Não há saúde que agüente, concordam? Bem, aí o calor foi progredindo até alcançar os 40 graus.Há gente que adora isso, mas eu não me sinto bem nem com o frio muito forte e nem com o calor a esse nível. Gosto mesmo do meio termo, da temperatura amena. Estar na praia com mais de 30 a 33 graus, para mim, é um suplício. Lembro que nem posso me refrescar com a tal “loura geladinha”, pois já não bebo álcool há anos.Uma sombra é fundamental e nem sempre a conseguimos no verão por aqui. Além do mal que faz à pele e à saúde em geral, mantermo-nos na praia a nos torrar num sol tão quente por horas seguidas é totalmente contra indicado. E mesmo que não o fosse eu tenho uma forte incompatibilidade com o astro rei a partir de certa temperatura.Até minhas caminhadas prefiro fazê-las ou logo cedo ou mais ao final da tarde, momentos em que o sol ou ainda boceja ou já se prepara para mais uma noite longa, de um lado do planeta, enquanto do outro ele continua ativo, acordado.Porém o que menos esperamos, ao nos concedermos férias, é que algum vírus nos ponha em sua alça de mira, nos acerte em cheio, e nos maltrate por alguns dias quando nos sentimos totalmente inúteis. E não falo do “vírus” do Ipiranga (xiiii… essa é velha…), nem do “vírus” de bruços, que tem seus atrativos e prazeres tantos, respeitados os gostos pessoais e suas preferências, pois. Nada contra nada.  Muito menos imaginamos que de repente tenhamos que passar, por exemplo, quatro noites em claro, porque parecia haverem colocado um peso de quase uma tonelada sobre o nosso peito. Ainda mais quando você nunca teve qualquer vestígio de algum problema ligado àquele que é “considerado como a sede dos sentimentos, das emoções, da consciência”, como define o dicionário. Refiro-me ao coração, claro.E parte das férias tão aguardadas você acaba passando em laboratórios, salas de raios-x, eletro e ecocardiogramas, além de consultório médico. Eta-ferro  ou, eta-férias do arromba, emoção com velas ao vento, surpresas e revelações para todo gosto. Mas não se queixa, até abençoa o “aviso” que o salvou de algum mal maior.Em resumo: a fase acima descrita abrangeu o período de carnaval, entretanto como você de há muito não é chegado à folia momesca nada a reclamar. Uma coisa você faz questão de garantir: o repulsivo (opinião minha, pessoal) BBB nada teve a ver com o quadro já descrito. De forma alguma.Primeiro porque você foge da sala se alguém quiser assistir ao dito cujo, além de que sua velha admiração pelo poeta Pedro Bial já se esvaiu a partir do BBB-1. E agora ainda surge o que alguns andam a chamar de “filho” ou “herdeiro” do Bial, o jovem que atende pela alcunha de Vinicius Valverde. Com todo o respeito que lhe devo, talvez esteja “amadurecendo” para substituir o Bial posteriormente. Pois é.E enfim as férias acabaram. Agora é voltar a divulgar os textos e aguardar os eventuais comentários que tanto o agradam, sejam favoráveis ou não ao seu trabalho. Até o momento vai dando para o gasto e isso já é um prêmio ao seu esforço como aprendiz de escritor e de poeta. Voltamos. Estamos aí novamente.

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