RECORTES

             E a Madonna, hein? Li no Globo que para a sua próxima tournê, entre outras frescuras, exigiu que o assento do vaso do seu camarote seja trocado diariamente. O apetrecho terá que estar lacrado de fábrica e a segurança da cantora é quem irá conferir se o "trono" já foi usado ou não.        Eu sei que a determinação é um absurdo, mas tem duas vantagens: a primeira é que joga por terra o mito que "celebridades artísticas" – por se considerarem seres de outro mundo – não freqüentam banheiros. E confirma a tese de que a maioria dos membros dessa mesma classe artística pensa que defeca cheiroso.       A notícia saiu na coluna do Ancelmo Góis: O sambista Dicró, que vende seus CD"s em barracas montadas na rua, perguntou o nome do seu fã para lavrar-lhe uma dedicatória e o cidadão respondeu: Washington!        Sem jeito, mas sem perder a pose, Dicró perguntou: – não tem um apelido, não?            E o comprador: – Tenho! Schwarzenegger!      Na mesma linha sobre nomes do tipo sopa de letrinhas, existe um curiosa passagem radiofônica que o Renato Maurício Prado – sem ser fidedigno – lembrou durante a Copa  no O Globo: jogavam Brasil x  Polônia nos anos 70 e o todo poderoso Waldir Amaral fazia a transmissão pela Rádio Globo, àquela época uma potência que ecoava por todo o Estado do Rio. De repente, o repórter iniciante chama o locutor e anuncia: Substituição no time da Polônia: Vai sair o atleta nº 7, Leto, e entrar o nº 18, Mlkjhopqwop.              Valdir perguntou? QUEM VAI ENTRAR?!?!            O repórter repetiu a informação: vai entrar o Mlkjhopqwop.                E Valdir Amaral: QUEIIIIM?!?!            Para acabar com a saia justa, o então repórter Washington Rodrigues, um gozador de mão cheia, interveio:            O nome do jogador que vai entrar é esse palavrão mesmo, mas lá na rua em que ele mora na Polônia, o apelido dele é Chico…        Valdir Amaral retomou a transmissão: "- lá vai a Polônia para o ataque, a bola está com o Chico que dribla o primeiro…              Agosto de 1985. Um casamento em Teresópolis. Festança de dois dias na casa de um dos grandes amigos do casal. Mas os pombinhos não queriam uma cerimônia tradicional – nem pretendiam se casar no civil ou no religioso.        A ala mais velha da família do noivo, porém, não se conformava com o modernismo. Judeus, ainda que não ortodoxos, gostariam de ver a união celebrada por um rabino. Só que a noiva era católica…         Eis que se opta, enfim, por uma cerimônia ecumênica. E surge o padre, ou seria um rabino? Batina preta e manta roxa, como um sacerdote da Igreja Católica, SÓ QUE trazia na cabeça um quipá!        Começou a cerimônia jogando um copo d"água nos noivos, para benzê-los, e prosseguiu a liturgia misturando orações em hebraico (que conhecia bem), com a Ave-Maria (em português mesmo). E por aí foi, improvisando cânticos, benzendo inúmeras vezes os noivos, os padrinhos e os convidados (espargindo água!). até o grand finale, quando pegou um copo de geléia vazio e obrigou o noivo a quebrá-lo com os pés! Mais gargalhadas de todos, com exceção da mãe do noivo, que, emocionadíssima com a celebração e com o carisma daquele rabino moderno, ainda foi lhe pedir uma benção extra!         O nome do tresloucado representante de Deus? Claudio Besserman. O Bussunda. Amigo de infância do noivo, Beto Silva. (A história foi contada por Renato Maurício Prado, na edição de 20.06.2006 de O Globo). 

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