Redação
Motivados por criações de partidos e insatisfações internas, cerca de 10% dos deputados federais mudaram de legenda de olho nas eleições em 2014. Levando em consideração as informações oficiais da Câmara e relatos dos próprios parlamentares, 52 se filiaram a uma legenda diferente nas últimas semanas. Os maiores beneficiados foram o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade que, por terem sido nascido recentemente, abrem uma brecha e permitem a migração sem a perda de mandato.
O Solidariedade, do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, foi o que mais recebeu integrantes, 22. Extraoficialmente, a legenda contabiliza 30 parlamentares. O Pros angariou, oficialmente, 16 integrantes. Eles esperam, no entanto, ter uma bancada de 27 deputados, se tornando a sétima maior legenda na Casa. Os números ainda podem mudar porque os deputados não têm prazo para comunicar a Câmara sobre a troca. Por outro lado, PDT e PMDB sofreram as maiores baixas: o primeiro perdeu nove deputados e o segundo, sete.
Senado
No Senado foram registradas duas trocas: Vicentinho Alves (TO) saiu do PR e foi para o Solidariedade e Kátia Abreu (TO), deixou o PSD, e foi cooptada pelo PMDB. Com a manobra, Kátia garantiu uma vaga para tentar a reeleição, já que o PSD dava sinais de que não daria espaço a ela. Os peemedebistas, por outro lado, conseguem se aproximar dos ruralistas com a filiação. Os números são de sexta-feira já que o Senado, ao contrário da Câmara, não fez plantão no fim de semana para registrar as migrações.
O prazo para a troca de partido se encerrou no sábado. Pela legislação, para disputar a eleição por uma legenda, é preciso estar filiado a ela pelo menos um ano antes da data das eleições.
Fonte: Correio Braziliense