990 vagas esperadas para o Banco Central

    O concurso do Bacen para cargos de níveis médio e superior depende de autorização do Planejamento

    Um dos concursos públicos mais aguardados e que dependem de autorização do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) é o do Banco Central do Brasil, conhecido também como Bacen, BC ou BCB.

    Desde o ano passado, o órgão pleiteia a realização do certame devido à alta defasagem de pessoal e por não ter nenhuma seleção em andamento.

    Os sindicatos da categorias também pressionam a abertura do processo seletivo, já que, no momento, existem mais de 2.000 postos vagos, sem contar com as futuras aposentadorias. Atualmente, 36% do quadro de pessoal do Bacen não está preenchido, ou seja, há um déficit de 2.356 servidores, sendo 1.944 analistas, 289 técnicos e 123 procuradores.

    O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) já demonstrou preocupação com relação ao assunto.

    O diretor de Assuntos Jurídicos do Sinal, Jordan Alisson, alertou que, junto com a defasagem atual, “soma-se a perspectiva de maior deterioração do efetivo, em virtude das novas aposentadorias previstas”.

    Anteriormente, o presidente do sindicato, Dario Piffer, chegou a comentar que o BC não consegue atender a toda demanda e que “essa situação traz problemas de toda a ordem, sendo uma das áreas mais prejudicadas a da fiscalização; por conta disso, o Banco Central prioriza somente as demandas consideradas mais importantes”.

    Neste ano, o Banco Central encaminhou ao Ministério do Planejamento pedido para a abertura de concurso para o preenchimento de 990 vagas de níveis médio e superior com salários de até R$ 17.788,33.

    Os cargos contemplados na solicitação foram os de técnico, analista e procurador. A distribuição das ofertas será de 150 vagas de nível médio para a função de técnico, com remuneração inicial de R$6.463,44.

    E ainda 840 chances para quem possui ensino superior, sendo 800 para analista, com ganho de R$ 16.286,90; e 40 para procurador com salário de R$ 17.788,33. Nos valores mencionados já está incluído o auxílio-alimentação de R$ 458.

    A assessoria informou que o quantitativo de postos requerido pelo Bacen, se autorizado, será para admissão escalonada – sendo 495 vagas em 2017 e 495 em 2018.

    Último concurso para nível médio e superior

    Em 2013, o Banco Central promoveu concurso com 500 vagas destinadas aos cargos de técnico e analista. Na ocasião, a banca organizadora foi o Cespe/UnB e a remuneração inicial oscilou entre R$ 5.158,23 e R$ 14.289,24.

    A carreira de técnico apresentou 100 oportunidades e estava dividida entre as áreas de suporte técnico-administrativo e segurança institucional. Para concorrer a este emprego o candidato precisou ter ensino médio completo.

    Destinado a profissionais de nível superior, o cargo de analista (400) estava distribuído em seis áreas de conhecimentos: análise e desenvolvimento de sistemas, suporte à infraestrutura de tecnologia da informação, política econômica e monetária, contabilidade e finanças, infraestrutura e logística, e gestão e análise processual.

    O processo seletivo constou de prova objetiva, teste discursivo e análise de títulos – este último apenas para analista. Depois, houve um programa de capacitação para oscandidatos aprovados. Na ocasião, foram registradas 89.052 inscrições, gerando uma concorrência geral de 178 candidatos por vaga.

    Os aprovados foram lotados em Brasília (DF), Belém (PA), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS).

    Seleção anterior para procurador do Bacen

    O Banco Central publicou em agosto de 2013 um edital com 15 oportunidades para a função de procurador. Do total de ofertas, 14 foram para Brasília e uma para Belém. Também sob a organização do Cespe/UnB, a seleção avaliou os candidatos por meio de teste objetivo, inscrição definitiva, provas discursivas, exame oral e análise de títulos.

    Fonte: Diário do Nordeste

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