BC: sindicatos aprovam paralisações e falam em ‘operação tartaruga’ na criação de funções do Pix

    Servidores cobram mesmo tratamento com carreiras similares, como a Receita; reunião com Campos Neto foi marcada para esta sexta-feira

    Os servidores do Banco Central renovaram a estratégia de mobilização já colocada em prática nesta semana de paralisação das atividades por algumas horas. Em assembleia nesta quinta-feira, 15, com mais de mil participantes, a categoria aprovou paralisações parciais nas próximas terça e quinta-feira diante da insatisfação com um tratamento desigual do governo com carreiras similares, como a Receita Federal.

    Os servidores do BC também querem a recomposição do quadro de funcionários, conforme pedido de concurso para a entrada de 545 pessoas. Além disso, nesta sexta, os sindicatos que representam a categoria do órgão vão se reunir com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

    Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, a reunião é para cobrar esforço de Campos Neto para as entidades conseguirem reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, indicado para a diretoria de Política Monetária da autarquia. Os sindicatos também querem se encontrar com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

    A temperatura no BC voltou a aumentar após o governo publicar um decreto para regulamentar o bônus de eficiência dos servidores da Receita Federal, gerando reclamações de assimetria de tratamento entre carreiras congêneres.

    Após a maior greve da história do BC no ano passado, com duração de três meses, o então governo Jair Bolsonaro prometeu dar andamento à pauta não salarial da categoria, o que incluía um bônus de produtividade, como o da Receita. Mas, até agora, não houve avanço.

    Nesta semana, já foi remarcada a reunião plenária do Fórum Pix, com participantes do mercado. Insatisfeitos, os técnicos do BC já falam em “operação tartaruga” para o desenvolvimento de novas funções do Pix.

    Fonte: Estadão
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