O pedido do sindicato do Banco Central em reunião com Roberto Campos Neto

    Por Gustavo Silva

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto Cristiano Mariz/O Globo
    Em reunião realizada na sexta-feira (16) entre sindicalistas do Banco Central (BC) e representantes do da diretoria do órgão, foi solicitado que o órgão interceda pela classe junto aos ministérios do governo Lula (PT).

    Os manifestantes pressionam Roberto Campos Neto para que exija que Lula avance com o acordo já firmado com o governo de Jair Bolsonaro (PL): reestruturação de carreira dos servidores.

    O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) reclama de falta de isonomia por parte do Estado, o qual concedeu benefícios às carreiras da Receita Federal. Além disso, apontam problemas estruturais na instituição.

    A tendência é de crescimento da mobilização, defende a categoria. Uma das causas seria o raro diálogo com o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Há paralisações parciais no BC aprovadas para os dias 20 e 22 da próxima semana.

    – O clima organizacional está péssimo no Banco Central (BC) –, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad.

    Depois de entrar em vigor o decreto assinado por Lula que concede benefícios a funcionários da Receita Federal, servidores do Banco Central, do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União declararam repúdio à falta de isonomia entre as carreiras de Estado. Eles cobram a equiparação de tratamento. De acordo com os servidores, o governo havia acordado para o segundo semestre deste ano uma grande negociação com as categorias, para atender, por igual, às demandas.

    Feitas as reclamações ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sindicalistas dizem não ter sido atendidos. A maior preocupação dos concursados é de que haverá sucateamento nos órgãos, se não houver equiparação salarial. O ministério, por sua vez, alega que a concessão de aumentos aos servidores acarretaria na violação do orçamento.

    – A ministra Esther Dweck não nos recebeu e não se mostrou sensibilizada –, diz Fábio Faiad, presidente nacional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

    Por falta de diálogo, acusação do sindicato, serão feitas paralisações nos órgãos, planejadas para as próximas semanas.

    No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o Decreto nº 11.545, o qual regulamentou o bônus de eficiência para agentes da Receita Federal. A ferramenta, agora em vigor, será administrada pelo Comitê Gestor, composto pela Receita Federal, Casa Civil e Ministérios da Fazenda e da Gestão e Inovação.

    “Sabemos que estamos em um cenário de restrição, mas, com o esforço dos agentes da Receita, esse valor acompanhará os resultados positivos. É um círculo virtuoso, em que o esforço dos agentes da Receita viabiliza o saneamento das contas, com ganhos para população brasileira e para os próprios servidores”, afirmou o Secretário da Receita, Robinson Barreirinhas

    Fonte: Jornal Extra

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