Congresso sob pressão

    As empresas que têm contratos com o governo estão pressionando o Congresso para aprovar a redução do superávit. Elas e as entidades que as representam estão sendo acionadas, entre outros, pela ministra Miriam Belchior (Planejamento). Os empresários entraram em campo porque estão preocupados com a possibilidade de não receber por obras e serviços executados.

     

    Empresários no corpo a corpo

     

    Enquanto as grandes construtoras estão sendo flagradas com o pé no crime, as pequenas e médias empreiteiras estão à beira de um buraco. Elas temem encerrar o ano sem receber do governo federal. O caso mais delicado é o das empresas de construção civil que pegaram obras do Minha Casa Minha Vida. O lucro desse empreendimento é baixo, e, por isso, as empresas que o assumiram não têm margem para suportar um calote. O time da operação salvamento, além de integrantes do governo, conta com dirigentes da CEF e empresários do setor. O alvo é a Comissão de Orçamento, onde a oposição está obstruindo a votação da redução do superávit. _ 

     

    “Agora que nós vamos ver quem é da base e quem não é. A bancada do PMDB aprovou a redução do superávit primário” Um dirigente do PMDB da Câmara, instantes antes da reunião da Comissão de Orçamento para debater a proposta do governo de redução do superávit _ 

     

    O pai natural e o adotivo

     

    O PMDB renega a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. A história real é assim: indicado pelo PT do MS, foi adotado pelo PMDB do Senado quando o senador Delcídio do Amaral caiu em desgraça na CPI dos Correios.

     

    Na linha de tiro

     

    Começou a campanha contra o retorno do ex-ministro Juca Ferreira à Cultura. Os relatos são de que, quando saiu da pasta, ele deixou R$ 172 milhões de restos a pagar para a sucessora, Ana de Hollanda. A maior parte era para os Pontos de Cultura, programa que teve R$ 75 milhões cancelados pela CGU por irregularidades formais nos convênios.

     

    Os pais da criança

     

    Os relatos do PP são os de que, quando José Janene caiu na CPI dos Correios, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa manteve-se no cargo porque ele passou a ser sustentado pela cúpula do PMDB no Senado.

     

    Eles são os caras

     

    A presidente Dilma já escalou o time que vai orientá-la para enfrentar a crise provocada pelo escândalo da Petrobras. Ele é integrado pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo ( Justiça), e pelo governador Jaques Wagner (BA), futuro ministro. Os partidos aliados não têm representante no “dream team”.

     

    Fugindo do grampo

     

    Para justificar a prisão preventiva do diretor Financeiro da OAS, Alexandre Portela, o MP revelou que ele trocou o número de telefone após a Operação Lava-Jato ter sido deflagrada. Para o MP, foi um indício de obstrução da investigação.

     

    Costurando apoios

     

    O presidente do PTB, deputado eleito Benito Gama, e a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, jantaram ontem com o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), candidato a presidente da Câmara. _ UM POLÍTICO GOVERNISTA que conhece a Petrobras diz que o atual diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, é do time de Paulo Roberto Costa. _

     

    Fonte: O Globo

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