Corrupção trava desenvolvimento

    da redação

    O Congresso não chega a reunir 600 parlamentares, entre deputados e senadores. Escolhidos por quase 130 milhões de eleitores, supõe-se que a maioria desses representantes, por seleção natural, seja composta por uma elite de brasileiros, não necessariamente no sentido econômico, mas no de propósitos. Na prática, isso não acontece.

    Dirão os cientistas políticos e amantes do tema que o Parlamento nada mais é que um espelho da nossa sociedade. Se a representação é medíocre seria porque também somos uma sociedade medíocre.

    Fisiologismo, clientelismo e populismo se nutrem da escassez de serviços elementares dos quais dependem ainda grande parte dos eleitores brasileiros, por insuficiência de renda.

    Os saudosistas acham que o Parlamento piora a cada legislatura e citam pessoas renomadas, tribunos famosos, que, no passado, estiveram no Congresso. Mas o Brasil desse tempo era pequeno, especialmente em termos econômicos. A economia brasileira hoje é grande e complexa. A corrupção endêmica é um dos obstáculos ao desenvolvimento econômico. Por isso, é inadmissível que os deputados aceitem ter como seus pares quem esteja cumprindo pena (e, por corrupção, o que é mais grave), mesmo se eleito pelo povo.

     

    Fonte: O Globo

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