Segundo o Tesouro, em setembro, resgates de papéis superaram emissões de títulos
Brasília- A dívida pública federal ficou em R$ 1,988 trilhão em setembro. O volume de recursos que o governo toma emprestado para financiar as necessidades do país recuou 0,14% na comparação com o mês anterior, quando estava em R$ 1,991 trilhão, segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. O governo atribuiu a queda no estoque da dívida ao resgate de papéis em patamar superior às emissões de títulos realizadas em setembro.
O coordenador geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, informou que sistema brasileiro, onde a execução do Orçamento tem a ver com contingenciamento. Tudo é contingenciado. Então, o poder das autoridades apertarem o parafuso e o gasto diminuir é muito grande—disse, Segundo Franco, há uma “certa mitologia” na ideia de que o gasto do governo não pode ser reduzido. Segundo ele, “falta liderança e vontade” para cortá-los.
—Se você perguntar para : qualquer político, ele sempre dirá que não pode mexerem nada, mas pode sim.
Indagado se o sistema tributário, “engessado” na visão de alguns, não seria obstáculo à elevação da meta fiscal, Franco foi direto:
— Quem diz isso é quem tem interesse no gesso, houve um volume elevado de resgates devido aos títulos com vencimento em setembro. Por outro lado, observou, o Tesouro registrou no mês passado a maior emissão de títulos públicos desde o início da série histórica, em 2000. Ao todo, foram R$ 52 bilhões em ofertas públicas.
Garrido explicou que houve uma melhora nas condições de mercado, sobretudo depois de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) sinalizar a retirada mais lenta dos estímulos à economia.
— Com a mudança nas expectativas para a política monetária nos Estados Unidos, houve uma redução da volatilidade (no mercado) — afirmou o coordenador geral. (Cristiane Bonfanti)
Fonte: O Globo