Dólar cai 0,54% em meio a apostas para Fazenda

    José de Castro e Silvia Rosa De São Paulo

     

    O dólar caiu em relação ao real pelo segundo dia consecutivo diante de rumores em relação ao anúncio da nova equipe econômica, previsto para esta semana.

     

    O dólar comercial fechou em baixa de 0,54%, a R$ 2,5762. Já o contrato futuro para dezembro ampliou a queda após a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc), que saiu no fim do pregão.

     

    No fechamento, valia R$ 2,578, com recuo de 0,48%.

     

    Mais uma vez o mercado de câmbio local foi influenciado por especulações em relação à escolha do novo ministro da Fazenda.

     

    Após reunião da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, na terça-feira, o nome do atual presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ganhou força no mercado.

     

    Outros executivos também voltaram a ser cotados para o cargo como Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro Nacional no governo Lula, e hoje também no Bradesco. Ambos são vistos com perfil mais ortodoxo e poderiam trazer um choque de credibilidade com o abandono de manobras fiscais para cumprir o superávit primário.

     

    O presidente do Banco do Central, ALEXANDRE TOMBINI, que chegou a ser cogitado como um dos possíveis indicados para a pasta, deve continuar à frente da autoridade monetária, segundo o Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, noticiou ontem.

     

    Dilma afirmou recentemente que anunciaria o substituto de Guido Mantega no Ministério da Fazenda após a reunião do G-20, concluída no fim de semana.

     

    “Precisa haver uma notícia muito ruim para o dólar ir além dos R$ 2,60. Enquanto isso, ficar comprado nesses níveis não parece ser uma boa estratégia”, diz um analista de câmbio de uma corretora.

     

    Em meios às incertezas sobre a equipe econômica, o fluxo cambial em novembro ficou negativo em US$ 1,482 bilhão, até o dia 14, resultado de uma saída líquida de US$ 1,478 bilhão da conta financeira e déficit de US$ 4 milhões na conta comercial.

     

    Fonte: Valor Econômico

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