Em um dia de queda generalizada dos mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) encerrou o pregão em queda de 0,82%, aos 47.645 pontos. A perspectiva de crescimento mais fraco para a economia mundial nos próximos anos, divulgada na terça-feira pelo BancoMundial, desanimou investidores. No Brasil, as estimativas do Citigroup de que o preço do minério de ferro cairá de US$ 65 para US$ 58 a tonelada em 2015 fizeram as ações preferências da Vale despencar 7,76% e as ordinárias, 8,04%.
As perdas no pregão de ontem não foram maiores porque papéis de empresas do setor elétrico reagiram positivamente às sinalizações do governo de que a conta de luz ficará mais cara para cobrir os prejuízos das companhias. As ações ordinárias da Tractebel subiram 5,41%, as preferenciais da Cesp, 3,35%, as ordinárias da CPFL, 3,19% e as preferenciais da Eletrobras, 2,92%.
No mercado de câmbio, o dólar terminou o dia em queda de 0,59%, cotado R$ 2,621 para venda, a menor cotação desde 10 de dezembro. O resultado foi impulsionado pela expectativa de que o Banco CENTRAL promova uma nova alta de juros. Além disso, muitos analistas estão animados com as sinalizações de ajustes para corrigir desequilíbrios na economia.
Perda cambial Apesar do ânimo, o Banco CENTRAL divulgou que o fluxo cambial, balanço da entrada e da saída de recursos do país, ficou negativo em US$ 2,405 bilhões nos nove primeiros dias de janeiro. No mesmo período do ano passado, a saída de moeda estrangeira havia sido de US$ 861 milhões.
O gerente de Câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, avaliou que o mercado de câmbio está instável. Segundo ele, de um lado investidores estão temerosos com os rumos da economia, e, de outro, animados com as sinalizações da nova equipe econômica. “A alta de hoje indica uma entrada maior de dólares no Brasil. Além disso, muitos estão animados com a possibilidade de que o Banco CENTRAL aumente novamente os juros”, comentou. (AT)
Fonte: Correio Braziliense