Os servidores públicos federais estão convocando uma marcha nacional com manifestação às portas do Palácio do Planalto, em Brasília, entre os próximos dias 7, 8 e 9 de abril. Em campanha salarial, o funcionalismo reivindica 27,3%, que corresponde à reposição das perdas salariais obtidas durante o governo Dilma.
Na semana passada os servidores, junto com as centrais sindicais, se reuniram com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que reafirmou que a prioridade é o “ajuste fiscal” rejeitou a proposta dos servidores.
Para o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, “precisamos de unidade, promover assembléias por local de trabalho e unir forças para garantir negociações de fato e assegurar que servidores não sejam iludidos com o discurso do diálogo permanente”, pontuou.
“Precisamos dar uma resposta efetiva ao governo de que não vamos aceitar a imposição da culpa pela crise que não criamos e estamos lutando para combater”, convocou.
Além do ato em Brasília, diversas entidades já iniciaram protestos e manifestações exigindo o reajuste e rebatendo a política do governo de arrochar os salários.
“Engolimos, há três anos, os reajustes de apenas 5%, que não cobrem sequer a inflação, fruto de uma política equivocada do governo de desmanche do serviço público”, enfatizou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Daro Piffer.
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de Mato Grosso do Sul (Sindsep/MS) organizou uma manifestação em frente ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em Campo Grande. O ato visava lembrar a presidente Dilma Rousseff do compromisso assinado com o Condsef durante campanha eleitoral.
O diretor da Sindsep, Marcos Alves, ressaltou que “o governo federal está sucateando o serviço público federal no geral, haja a vista a situação do MTE que está sendo terceirizado, a Secretaria de Saúde Indígena também, e, portanto não está valorizando os servidores públicos de carreira. Nós estamos com salários congelados desde 2010 e na saída do ex-presidente Lula, ele deixou o índice de 15,8 % de salário. A presidente Dilma deu 5,2% ao ano, em gratificação e parcelado em três anos”, denunciou.
Fonte: Hora do Povo