Fazenda em silêncio

    A presidente Dilma Rousseff segue escondendo o nome que indicará para substituir Guido Mantega no Ministério da Fazenda. A interlocutores e nas entrevistas que concedeu às principais emissoras de televisão, Dilma tem dito que, antes de definir os nomes da equipe econômica, anunciará as medidas para acalmar os mercados e restabelecer a confiança de que o país poderá retomar um ciclo virtuoso ao longo dos próximos quatro anos.

     

    Esse anúncio, de acordo com pessoas próximas à presidente, já serviria para sinalizar o que ela pretende fazer para mudar o cenário de crescimento baixo, a inflação estourando o limite da meta e a indústria sofrendo com baixa produtividade. O anúncio da equipe seria o corolário dessa reversão de expectativas negativas.

     

    Dilma segue simpática à ideia de indicar Nelson Barbosa para substituir Mantega. Mas o ex-presidente Lula e setores do mercado financeiro defenderam a indicação de Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente executivo do Bradesco. Pelas regras internas do Banco, ele se aposenta do cargo no ano que vem, quando completará 65 anos de idade. Trabuco é visto como o banqueiro mais próximo da presidente e o único com a qual ela dialoga diretamente no setor.

     

    Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), não há problemas se a presidente Dilma indicar um banqueiro para o Ministério da Fazenda. “A questão é a política econômica que será implantada. Não podemos dar um cavalo de pau na economia, aumentando juros e superavit, porque isso daria razão aos 48% que votaram em Aécio e desagradaria aos 51% que votaram em nós”, defendeu Zarattini.

     

    Para o Banco CENTRAL, é pouco provável a saída de ALEXANDRE TOMBINI. Ainda existem dúvidas sobre o Ministério do Planejamento, mas a tendência é a permanência de Miriam Belchior. Dilma poderá promover ainda mudanças no comando dos bancos públicos e no BNDES, mas ninguém sabe quais serão elas.

     

     Aliados de Dilma apostam que ela poderá retomar, ao longo do próximo mandato, as reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que reúne representantes do setor produtivo, dos trabalhadores e dos movimentos sociais. (PTL)

     

    Encontro com Dilma Bolada

    A presidente reeleita recebeu ontem à tarde a visita do criador e administrador do perfil Dilma Bolada nas redes sociais. Jeferson Monteiro se encontrou com a petista porque, segundo ele, não conseguiu conversar com Dilma depois do resultado das eleições. “Vim aqui para dar um abraço nela”, disse. Na saída do encontro, Monteiro negou ter recebido dinheiro do governo ou do PT para alimentar o perfil durante o período eleitoral. “Tudo o que aconteceu, aconteceu da forma como tinha que ocorrer. A transparência como tudo aconteceu durante a campanha até hoje fica muito clara”, completou. O perfil Dilma Bolada tem hoje mais de 1 milhão e meio de seguidores no Facebook e 307 mil seguidores no Twitter.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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