governo ampliou a oferta do pacote de reajuste salarial de 21,3% aos servidores públicos federais (a ser aplicada ao longo de quatro anos). Em reunião com o Fórum Nacional das Entidades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, propôs reajustar os três principais benefícios sociais dos servidores públicos: auxílios alimentação, saúde e pré-escolar.
Os valores entrariam em vigor a partir de janeiro de 2016. Somados, os três reajustes significariam um impacto anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão, aponta o ministério. Para o auxílio-alimentação e para o plano de saúde suplementar, cujos últimos reajustes ocorreram em 2013, os índices aplicados ficariam em torno de 22,5% e 23%, respectivamente, considerando a inflação de 2013 e 2014 e a estimativa para 2015.
Para o auxílio pré-escolar, conhecido como “auxílio-creche”, o reajuste levaria em consideração o período inflacionário acumulado desde 1995, o que daria um índice de cerca de 317%.
Sérgio Mendonça sugeriu também a adoção de uma cláusula de revisão na proposta de reajuste plurianual (quatro anos), para preservar o poder aquisitivo dos servidores. “Se errarmos na previsão de inflação futura, estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, esclareceu. A proposta de reajuste de 21,3%, a ser aplicado ao longo de quatro anos, foi apresentada pelo governo no final de junho.
Para o secretário, o governo está apresentando uma proposta “razoável e coerente”. Segundo Mendonça, é preciso levar em conta que a negociação envolve uma categoria de trabalhadores que tem estabilidade no emprego em um momento em que o País atravessa dificuldades econômicas e com ganho acima da inflação, considerado o período entre 2003 e 2015.