Por De Washington e São Paulo
A morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência, Eduardo Campos, teve grande repercussão na mídia internacional e gerou comentários de membros de governos de países como os EUA e o Reino Unido.
O governo americano expressou ontem seu pesar pela morte Campos por meio da porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC, em inglês), Caitlin Hayden.
“Nós ficamos profundamente tristes ao saber do acidente de avião que parece ter tirado a vida do candidato a presidente Eduardo Campos, assim como a de seus companheiros de viagem”, disse ela, em nota. “Nós estendemos as nossas profundas condolências à família e a outras pessoas amadas do falecido e ao povo do Brasil. Os pensamentos e orações do povo americano estão com o Brasil nessa ocasião trágica”, concluiu ela.
O acidente, em Santos, foi a principal manchete do site do jornal britânico “Financial Times” durante toda a tarde de ontem. O FT afirmou que o desastre aéreo “roubou do país uma de suas estrelas políticas em ascensão”, alterando as perspectivas para as eleições “mais disputadas em mais de uma década”.
Já o londrino “The Guardian” afirmou que “a campanha presidencial no Brasil foi “jogada à incerteza” por conta do acidente. O também britânico “The Telegraph” ouviu o embaixador do Reino Unido no Brasil, Axel Ellis, que disse “estar chocado com a tragédia. “Com a reabertura do consulado em Recife, nós criamos uma grande relação com o governo de Pernambuco”.
Em sua edição espanhola, o “El País”, que recentemente abriu um site no Brasil, também deu destaque à notícia. Para o jornal madrilenho, a morte do candidato socialista dá uma “chacoalhada” na campanha eleitoral.
Sob o título “Quem era Eduardo Campos, o presidenciável que morreu no Brasil”, o argentino “Clarín” dedicou um breve perfil ao pernambucano, destacando o atuação como ministro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O chileno “La Tercera”, por sua vez, titulou em seu site: “Eduardo Campos, o socialista que queria renovar a política brasileira”.
A rede de televisão americana “CNN” também noticiou o acidente e disse que Campos era “figura política proeminente”.
A tragédia figurava ontem à noite no alto da página do site da chinesa Xinhua, que destacou a “bizarra coincidência” envolvendo a data da morte de Campos: 13 de agosto, mesmo dia em que morreu o seu avô, Miguel Arraes, em 2005.
Fonte: Valor Econômico