Por Raymundo Costa | De Brasília
O PT terá, na prática, duas campanhas na disputa presidencial. Uma será a de Dilma Rousseff, a outra do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva. O objetivo é duplicar os esforços para a reeleição da presidente e desde já pavimentar eventual candidatura de Lula em 2018, se for necessário para a manutenção do projeto de poder do partido. Será uma autêntica campanha presidencial paralela, o que voltou a estimular especulações – no meio empresarial, em geral, e no setor financeiro, em particular – sobre o renitente “volta, Lula”. O PT planeja uma agenda VIP para o ex-presidente, de acordo com sua condição de “grande eleitor” da campanha.
O partido nega segundas intenções na agenda que está preparando para Lula. À exceção de interesses de ex-ministros do governo Lula e de integrantes de partidos aliados, o “volta, Lula” está em hibernação, um sentimento hoje bem menor que em outras ocasiões, especialmente na crise de junho. Mas ainda provoca calafrios no Palácio do Planalto. Chamou a atenção o fato de o ex-presidente ter deixado a barba crescer. Lula recupera a antiga imagem, numa demonstração clara de que está curado do câncer e com saúde para enfrentar maratona eleitoral. Agora, uma campanha para reeleger Dilma, diz o PT.
Fonte: Valor Econômico