Mantega vê BC menos ativo

    Redação

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a manutenção por mais algum tempo do programa de estímulos à economia nos Estados Unidos, anunciada ontem pelo Federal Reserve (Fed), o banco central do país, vai contribuir para diminuir a volatilidade do dólar e reduzir, no Brasil, a pressão inflacionária vinda da alta da moeda. Ele considerou ainda que, diante dessa nova realidade, o Banco Central brasileiro pode reduzir as intervenções que vem fazendo diariamente, desde o mês passado, no mercado de câmbio.

    Segundo o ministro, a decisão do Fed indica que a autoridade monetária norte-americana fará uma correção suave da política pela qual vem injetando US$ 85 bilhões por mês no mercado. A possibilidade de uma reversão dessa estratégia em breve, alimentada por declarações do próprio presidente do Fed, Ben Bernanke, vinha fazendo o dólar subir em todo o mundo e com maior intensidade no Brasil. “Estamos caminhando para uma tranquilidade maior”, afirmou.

    Em agosto, o BC anunciou que forneceria até US$ 100 bilhões ao mercado, até o fim do ano, por meio de leilões diários de contratos de swap cambial reverso, operação equivalente à venda futura de moeda. Mantega disse acreditar que a autoridade monetária não precisará cumprir todo o programa, mas ressaltou que a decisão cabe ao BC. Ele disse esperar que o dólar se acomode em um patamar “mais adequado” para os negócios, reafirmando, porém, que o governo não trabalha com nenhuma meta para as cotações. Por fim, afirmou que a economia deve apresentar crescimento “um pouco superior” a 2,5% neste ano. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) vai ter expansão no terceiro trimestre, embora menor que a verificada no segundo, quando a alta foi de 1,5%.

     

    Fonte: Correio Braziliense

    Matéria anteriorTombini assume tom eleitoral
    Matéria seguinteMaior parte da Justiça Trabalhista é contrária à proposta sobre terceirização