País está sólido contra crise, diz Tombini

    DE BRASÍLIA

    Banco CENTRAL afirmou ontem que, apesar do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poor”s, o país “tem respondido e continuará respondendo de forma clássica e robusta aos desafios” no novo quadro internacional.

    Segundo a instituição, essa resposta combina austeridade na condução da política macroeconômica, flexibilidade cambial e uso de colchões de proteção (como reservas em dólar).

    De acordo com a instituição, o Brasil encontra-se bem posicionado nesta nova fase de normalização das condições financeiras globais e tem plena capacidade de atravessá-la com segurança.

    “O país vem recebendo fluxos de capitais nos últimos meses que refletem em grande parte as políticas em curso. A qualidade das políticas em vigor deve manter o país bem preparado para o novo cenário internacional.”

    O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o mercado financeiro recebeu com “tranquilidade e maturidade” a notícia de rebaixamento. Segundo ele, esse fato já estava no preço dos ativos brasileiros. 

    Coutinho destacou que a Bolsa de Valores continua firme e que o dólar recuava no início da manhã, quando fez as declarações em audiência no Senado. “Aparentemente, até agora, o impacto de custo de capital não é relevante.”

     

    MENOS INJEÇÕES

    A injeção de dinheiro nos bancos públicos, como o BNDES, foi apontada pela agência como uma das motivações para o corte na nota. Ontem, Coutinho reafirmou que os aportes ao Banco serão menores neste ano, “em sintonia com a política fiscal”, de forma a não pressionar as contas públicas.

    O presidente do BNDES afirmou também que outras duas agências classificadoras de risco mantiveram sua avaliação sobre o Brasil.

    “Eu respeito a classificadora que reduziu, mas tenho confiança na firmeza da política fiscal brasileira.”

    A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) colocou em dúvida a credibilidade da S&P ao afirmar que a agência não conseguiu identificar a crise financeira internacional de 2008.

    Também defendeu a política econômica do governo.

    “Os números da economia brasileira são sólidos e contundentes no sentido da qualidade de vida da população.”

     

    Fonte: Folha de S.Paulo

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