MARINA BARBOSA
3/1/2022
Seguindo o exemplo dos auditores fiscais da Receita Federal, servidores do BC (Banco Central) começaram a entregar cargos de chefia nesta 2ª feira (3.jan.2022). Eles cobram reajuste salarial do governo.
A entrega de cargos comissionados é articulada pelo Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). O sindicato também planeja uma paralisação nacional no próximo dia 18.
Segundo o Sinal, 1.000 dos cerca de 3.500 funcionários do BC podem entregar cargos de chefia –500 comissionados e os seus substitutos. O sindicato ainda não tem um balanço do movimento iniciado nesta 2ª feira (3.jan.2022), mas informou que outros 1.200 servidores assinaram uma lista nos últimos dias dizendo que não aceitarão os cargos comissionados em caso de vacância.
Assim como acontece na Receita Federal, a entrega de cargos no Banco Central teve início depois de o governo de Jair Bolsonaro (PL) decidir dar reajuste salarial apenas para policiais federais em 2022. Em nota, o Sinal diz que a medida aumentará “diferenças remuneratórias entre o BC e carreiras congêneres”.
O presidente do Sinal, Fábio Faiad, disse que o objetivo da mobilização é “reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC”.
Segundo Faiad, o sindicato fará reuniões virtuais nos próximos dias “com vários setores do BC a fim de explicar o processo e de convencer o maior número possível de pessoas a aderir”. O sindicato também convoca uma paralisação nacional e um protesto para o próximo dia 18.
Em nota, o Sinal disse que o 18 de janeiro será um “grande dia de protesto pela Reestruturação da Carreira a ser realizado em 18 de janeiro, com atividades virtuais para todas as praças e protesto presencial em Brasília”.
O sindicato também afirmou que “o único caminho real para resolvermos nossos problemas atuais é o das mobilizações”. Eis a íntegra (688 KB).
Greve
Além de entregar cargos de chefia, auditores fiscais da Receita Federal entraram em greve para cobrar reajuste salarial do governo. Outras carreiras do funcionalismo público federal também avaliam a paralisação. O assunto será discutido em assembleias na 1ª semana de fevereiro, depois de um mês de mobilização articulado pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).
Fonte: Poder 360