Prognóstico do Diap para as bancadas do Senado a partir de 2015

    Por Antônio Augusto de Queiroz (*)

    O Senado Federal, composto de 81 senadores, renovará um terço (27) de sua composição nas eleições deste ano. Além das vagas em disputa, 22 dos 54 senadores com mandato até 2019 concorrem aos cargos de governador, de presidente e de vice-presidente da República. Neste texto faremos um prognóstico considerando apenas as 27 vagas em disputa, na suposição de que eventuais suplentes dos senadores com mais quatro anos de mandato, que venham a ser eleitos neste pleito, pertençam aos mesmos partidos.

     

    Quanto aos 27 senadores em final de mandato, 11 não concorrem a nenhum cargo, dez disputam a reeleição, três disputam uma vaga na Câmara dos Deputados, um será candidato a vice-governador e outro será candidato a deputado estadual. Dos dez que concorrem à reeleição somete metade (cinco) tem chances concretas de renovação do mandato.

     

    O prognóstico a seguir – feito com base em pesquisas eleitorais, em tempo de rádio e televisão, em poder político das coligações, em poder econômico da chapa e também no fato de o candidato ser ou não detentor de mandato – não considera a eventual mudança em decorrência de eleição de senador com mandato até 2019.

     

    Por fim, estão considerados, para efeito de bancada atual e futura, todos os senadores titulares dos partidos, inclusive os licenciados, que certamente retornarão ao exercício do mandato a partir de 2015, caso dos ministros Garibaldi Alves (PMDB) e Marta Suplicy (PT).

     

    Partido

    Atual Representação

    em set/2014

    (81)

    Em final de mandato

    (27)

    Com mandato até 2019

    (54)

    Prognóstico Mínimo a partir de 2015*

    Prognóstico Máximo a partir de 2015*

    Quem Ganha e Quem Perde

    PMDB

    20

    6

    14

    14 + 2 = 16

    14 + 6=  20

    – 4 até =

    PT

    14

    3

    11

    11 + 2= 13

    10 + 6 = 16

    – 1 até + 2

    PSDB

    12

    6

    6

    6 + 3 = 9

    6 + 5  = 11

    – 3 até – 1

    PSB

    4

    0

    4

    4 + 1= 5

    4 + 3 = 7

    + 1 até + 3

    PDT

    5

    2

    3

    3 + 0 = 3

    3 + 2 = 5

    -2 até   =

    PR

    3

    1

    2

    2 + 0 = 2

    2 + 1= 3

    -1ou =

    DEM

    4

    2

    2

    2 + 1= 3

    2 + 3 = 5

    -1até + 1

    PSD

    1

    0

    1

    1 + 1= 2

    1 + 2 = 3

    + 1ou + 2

    PP

    5

    1

    4

    4 + 0 = 4

    4 + 1 = 5

    – 1ou =

    PTB

    6

    5

    1

    1 + 1 = 2

    1 + 2 = 3

    – 4 ou – 3

    PCdoB

    2

    1

    1

    1+ 0 = 1

    1 + 1 = 2

    – 1ou =

    PROS

    1

    0

    1

    1+ 0 = 1

    1 + 1 = 2

    = ou + 1

    PSOL

    1

    0

    1

    1 + 0 = 1

    1 + 1 = 2

    = ou + 1

    SD

    1

    0

    1

    1 + 0 = 1

    1 + 1 = 2

    = ou + 1

    PRB

    1

    0

    1

    1 + 0 = 1

    1 + 0 = 1

    Não altera

    PSC

    1

    0

    1

    1 + 0 = 1

    1+ 0= 1

    Não altera

         * Bancada remanescente (com mandato até 2019) + eleitos em 2014

               

                De acordo com o prognóstico do Diap, a composição do Senado, do ponto de vista partidário, sofre pouca alteração. O PMDB, apesar da tendência de perder cadeiras continuará com a maior bancada, o PT em segundo lugar e o PSDB em terceiro.

     

                Os partidos que mais perdem são o PTB, com três ou quatro senadores a menos; o PMDB, que poderá perder até quatro; o PSDB que perde de um a três.

     

    Os partidos que mais ganham são o PSB, que aumenta de um a três senadores, e o PSD, que poderá ganhar um ou dois novos senadores. O PT é um caso atípico, porque tanto pode ganhar dois como perder um. Se prevalecer o cenário mais favorável para o PT e menos favorável para o PMDB, haverá empate entre ambos no primeiro lugar.

     

    Partidos como o Pros, Psol e SD podem ficar com a mesma bancada ou acrescentar mais um senador, enquanto PR, PP e PCdoB tanto podem ficar do mesmo tamanho como podem perder uma cadeira cada. O PDT pode perder dois ou ficar do mesmo tamanho.

     

    (*) Jornalista, Analista Político e Diretor de Documentação do Diap.

     

     

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