Pros fecha com Dilma, mas libera estados

    Depois do susto sofrido com a defecção do PTB, que decidiu aliar-se ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) na corrida presidencial, a presidente Dilma Rousseff conquistou ontem o apoio oficial do Pros, com a concordância de 94,5% dos convencionais, o que lhe rende cerca de um minuto no horário eleitoral. Mas, a exemplo de outras legendas que devem ratificar a aliança nacional, o Pros vai liberar os candidatos estaduais a apoiarem o presidenciável que desejarem. “Cada estado é uma situação. Não dá para comparar o Distrito Federal com o Goiás, nem Goiás com o Rio”, disse o presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior.

    A presidente Dilma Rousseff fez questão de prestigiar a convenção do aliado. “Essa é a primeira reunião partidária que eu faço após ter sido indicada no sábado passado como representante do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República. É muito simbólico receber esse apoio do Pros.” A presidente destacou que o Pros, apesar de novo no cenário político, tem a maturidade de perceber as mudanças de que o Brasil precisa. “Nasceu com a força e o desejo de mudança dos líderes que o integram, e é um partido capacitado a participar dos grandes processos de transformação que estão em curso no nosso país”, elogiou.

    Dilma também aproveitou para desmentir as informações de que o PR teria entregue o Ministério dos Transportes como uma forma de chantagem para apoiar a reeleição. “Não tem nada disso.” E acrescentou que os aliados precisam “reafirmar fatos e números e desmontar todas as mentiras e as desinformações afirmando a verdade”.

    Minirreforma só valerá em 2016

    O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem (por 4 votos a 3) que a minirreforma eleitoral, sancionada em dezembro passado, só valerá a partir de 2016. A maioria dos ministros entendeu que mudanças no processo eleitoral devem entrar em vigor no prazo mínimo de um ano antes do pleito. A minirreforma tende a tornar as campanhas menos caras, limitando a quantidade de cabos eleitorais e estabelecendo percentuais máximos de gastos com aluguel de carros, por exemplo.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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