Reajustes passam na Câmara

    Servidores pressionam e conseguem a aprovação de projetos de lei que beneficiam três carreiras do governo local. Entre elas, está a de médicos, cujo salário inicial subirá de R$ 10,8 mil para R$ 13,2 mil

    ARTHUR PAGANINI

    Servidores públicos do Distrito Federal foram ontem à Câmara Legislativa para cobrar a aprovação dos projetos de lei que tratam, entre outros pontos, da reestruturação das tabelas de vencimentos de 23 categorias em que estão lotados 61 mil funcionários. A movimentação começou de manhã, durante as reuniões das comissões, e foi até o fim da sessão de votação, à noite. A pressão funcionou. Os deputados aprovaram três projetos que beneficiam os funcionários das carreiras de atividades do Hemocentro de Brasília, dos auditores de controle interno e dos médicos. As melhorias devem custar aos cofres públicos, este ano, R$ 105 milhões, de um total de R$ 184 milhões previstos para os 22 projetos em 2013.

    Um acordo no Colégio de Líderes permitiu a votação em plenário. Os três projetos, de autoria do Executivo, eram os únicos a contar com o parecer final da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que analisa todas as propostas antes da deliberação do colegiado.
    Antes da reunião dos líderes, no início da tarde, uma grande quantidade de servidores tentava ter acesso às galerias do plenário pela entrada principal da Câmara. Assim que a sessão foi aberta, por volta das 16h, os servidores se concentraram nas galerias e na área externa do prédio. Eles ergueram faixas e cartazes para chamar a atenção dos distritais. Alguns bateram nos vidros que separam a rua do plenário, mas não foram registradas depredações ou confrontos pela segurança da Casa.

    Reestruturação

    A tabela de reestruturação da carreira atividades do Hemocentro provoca um impacto de R$ 1,1 milhão nas contas públicas. O projeto também cria uma tabela de gratificação com reajustes entre 8% e 30% para servidores com ensino médio e doutorado, respectivamente. Até 2015, quando a carreira estiver implementada, o teto passará dos atuais R$ 8,4 mil para R$ 10 mil, para 40 horas semanais de trabalho. Já o projeto de lei da carreira de Auditoria de Controle Interno do DF deverá custar R$ 8,2 milhões ao GDF e prevê salários que vão de R$ 7 mil, para inspetores de controle interno, a R$ 19,5 mil para auditores da classe especial.
    O salário inicial de médicos de nove carreiras do GDF passará de R$ 10,8 mil para R$ 13,2 mil, quando o escalonamento estiver concluído. O custo desse aumento, este ano, será de R$ 95,8 milhões. Ao fim de 2015, o GDF deverá desembolsar R$ 1,2 bilhão para pagar os reajustes das categorias atendidas por 22 projetos em análise na Câmara.

    Melhorias

    Projetos aprovados

    » Médicos
    » Atividades do Hemocentro
    » Auditoria de Controle Interno

    Na fila para análise

    » Procurador do DF
    » Assistência judiciária
    » Defensor público
    » Servidores da PGDF
    » Assistência social
    » Apoio às atividades policiais
    » Assistência pública à saúde
    » Atividades complementares de segurança pública
    » Atividades culturais
    » Atividades do Meio Ambiente
    » Atividades em transportes urbanos
    » Atividades penitenciárias
    » Auditoria de atividades urbanas
    » Auditoria tributária
    » Cirurgião-dentista
    » Fiscalização de atividades limpeza urbana
    » Gestão sustentável de resíduos sólidos
    » Músico da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro
    » Planejamento e gestão urbana
    » Políticas públicas e gestão governamental

     

    Fonte: Correio Braziliense

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