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O primeiro trimestre de 2014 tende a ser marcado por nova onda de greves no serviço público federal. Insatisfeitas com o que consideram ausência de diálogo com a equipe econômica e com os pequenos ganhos na mesa de negociação — que renderam um reajuste de 15,8%, em três anos —, lideranças sindicais de todo o país ameaçam parar na primeira quinzena de março do ano que vem. A decisão foi tomada após discussões, neste fim de semana, no 11º Congresso da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), entidade que representa aproximadamente 80% dos funcionários do Executivo.
“Votamos um indicativo de greve. Primeiro, vamos procurar o governo e encaminhar nossas pautas. A construção da greve, que é um direito legítimo do trabalhador, pode ser o caminho natural”, explicou Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef.
Pressão no governo
Costa admite, porém, que a intenção é pressionar o governo, que se diz em um dilema entre aumentar os gastos com a máquina ou os investimentos, a rever suas prioridades, em período particularmente decisivo de eleições presidenciais e de Copa do Mundo. “Estamos há anos batendo na mesma tecla, sem retorno. Isso tem que mudar”, reforça Costa.
As reivindicações dos servidores permanecem as mesmas: política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores; e cumprimento por parte do governo de acordos.
Durante o 11º Congresso, os trabalhadores aprovaram, também, calendário de atividades, que inclui o lançamento da campanha salarial de 2014, em janeiro. Em fevereiro, haverá uma grande marcha em Brasília. (VB)
Fonte: Correio Braziliense