Sindicato prometeu ampliar operação padrão e colocar em risco atividades da autoridade monetária
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) criticou nesta segunda-feira (17) a possibilidade de realização de um novo concurso público para o órgão antes da reestruturação da carreira na autoridade monetária. Por causa disso, o Sinal promete intensificar a operação padrão dos funcionários do órgão.
O Sinal cobra a exigência de diploma de ensino superior para o cargo de técnico do BC. Isso implicaria em uma mudança na qualificação para ingressar na carreira. Além disso, o sindicato defende a mudança na nomenclatura para o cargo de analista, alterando para “auditor. Segundo o Sinal, o termo seria mais condizente com as atividades realizadas e com a importância do cargo.
“O Sinal, Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, entende que a realização de concurso neste momento é inoportuna e uma forma de inviabilizar a pauta reivindicatória da categoria”, diz o sindicato, em nota assinada pelo presidente Fábio Faiad.
Além disso, os representantes dos funcionários dizem que “dentro de um cenário de sucateamento da autarquia e de desmotivação funcional, o concurso público atrairia candidatos com formação educacional de segundo grau ou interessados em usar o BC apenas como trampolim para outras carreiras com remuneração superior”.
Para o sindicato, a reestruturação trazia o resultado inverso. “Sem a reestruturação, o Sinal prevê um agravamento do quadro de desmonte a olhos vistos da carreira de especialista do BC, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação e com as crescentes assimetrias em relação a carreiras congêneres”.
No comunicado, o sindicato reclama da posição pública da ministra de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, de não avançar no momento com a reestruturação e afirma que a possível realização do concurso vai agravar a insatisfação dos funcionários, que estariam inflamados.
Agora, eles cobram uma interlocução com o Ministério da Fazenda, prometendo que “eventos, atrasos e interrupções em diversos outros serviços do BC podem se tornar cada vez mais frequentes e se espraiar mesmo para os departamentos que ainda não foram atingidos”.
“Sem que a Fazenda abra um canal de diálogo com as entidades que representam o corpo técnico do BC, a atmosfera no BC tende a ficar insustentável, colocando em risco as entregas da autarquia à sociedade e o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STF, Selic e Pix”, afirma o comunicado.
Fonte: O Tempo