A dificuldade do governo de rolar dívida pública, devido à exigência de juros cada vez mais altos pelos investidores, fez o Tesouro Nacional resgatar R$ 477,9 bilhões em títulos que estavam no mercado até agosto. O valor resgatado é R$ 99,6 bilhões maior do que foi emitido no mesmo período. Com isso, a Dívida Pública Federal fechou o mês passado com queda de 0,17%, somando R$ 2,169 trilhões. Diante da inflação alta e da instabilidade do período eleitoral, os donos do dinheiro têm pedido taxas cada vez maiores para comprar os papéis.
Conforme o coordenador-geral de Operações da Dívida, Fernando Garrido, contudo, o comportamento observado está dentro do razoável. “Estamos vindo de meses de junho e julho com volumes abaixo da média; o mercado estava com menos liquidez em função da Copa do Mundo”, disse. Segundo o governo, a queda na dívida foi puxada pelo fato de os resgates em agosto, no valor de R$ 71,1 bilhões, terem sido maiores do que as emissões, R$ 52,2 bilhões. Dessa forma, o resgate líquido foi de R$ 18,8 bilhões. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 44,4 bilhões em títulos internos e R$ 7,84 bilhões em papéis da dívida externa.
Fonte: Correio Braziliense