Presidente do BC diz que próximo PIB a ser anunciado não será tão fraco quanto se espera e minimizou a redução do rating do Brasil pela Moody”s
O crescimento econômico do Brasil no terceiro trimestre não será tão fraco como se esperava anteriormente, disse ontem o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, durante uma conferência.
“Podemos ter um terceiro trimestre de acomodação, isto é esperado pelos participantes do mercado, mas será mais favorável do que as pessoas estavam esperando”, afirmou o presidente do BC. O Banco Central revisou a estimativa de crescimento para este ano para 2,5%, contra a previsão anterior de 2,7%.
Na quarta-feira, a agência de classificação Moody”s reduzira a perspectiva de crédito do Brasil para “estável”, ante “positiva”, citando o fraco crescimento da economia brasileira. Tombini buscou minimizar a redução do rating brasileiro pela Moody”s. “A agência afirmou que temos grau de investimento. Com isso, duas das três maiores agências confirmaram que o Brasil é grau de investimento”, acrescentou.
Apesar da deterioração da relação dívida/PIB, do nível dos investimentos e do fraco crescimento do Brasil, a Moody”s reafirmou o crédito do país em “Baa2”, o segundo grau mais baixo de investimento.
A Moody”s, a Standard & Poor”s e a Fitch Ratings atualmente classificam o Brasil no segundo menor grau de investimento, mas a Moody”s era a única que mantinha uma perspectiva positiva. A S&P reduziu a perspectiva para negativa, ante estável, em junho.
O presidente do BC afirmou ainda que a inflação está recuando em direção ao centro da meta. “Está sob controle, estamos trazendo ela para perto da meta”, afirmou.
Segundo o Relatório Trimestral do BC, o índice oficial de inflação IPCA subirá 5,8% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 6,0%, e 5,7% em 2014, ante estimativa anterior de 5,4%. A meta de inflação do governo é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais.
O presidente do BC também afirmou na conferência que qualquer normalização da política monetária dos Estados Unidos, mesmo criando volatilidade, é “positiva” por refletir a recuperação econômica dos EUA e ao redor do mundo.
Segundo ele, o Brasil tem ferramentas para lidar com a redução do programa de estímulo do Federal Reserve (banco central norte-americano) e com qualquer problema com o teto da dívida dos EUA.
Fonte: Brasil Econômico