O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deverá ser o diretor-executivo do grupo de países liderados pelo Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esse cargo é hoje ocupado pelo economista Otaviano Canuto, mas seu mandato termina em outubro. O sucessor será escolhido em eleição entre os países da “constituency” brasileira entre outubro e novembro.
Isso garante tempo suficiente para Tombini concluir a transição do cargo para o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, e para cumprir a sua quarentena.
“O Tombini é muito querido respeitado no circuito IMF, G20 e BIS”, diz uma fonte da equipe econômica.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem bastante apreço por Canuto, com quem trabalhou no governo Lula, por isso está em avaliação nomeá-lo para a representação brasileira no Banco Mundial.
Hoje, esse cargo é exercido pelo ex-ministro dos Portos Antonio Henrique da Silveira, cujo mandato vai até 31 de outubro.
Quando era presidente do BC, no governo Lula, Meirelles trabalhou diretamente com Canuto, então secretário de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda da gestão Antônio Palocci.
Meireles já pediu a lista de ministros das finanças da “constituency” brasileira no FMI, que é formada por onze países, entre eles o Equador e Suriname. O Brasil tem votos suficientes para eleger sozinho o representante do grupo, mas sempre há consultas com os demais membros.
Fonte: Valor Econômico