Tombini terá encontro com presidente do Fed

    O presidente do Banco CENTRALALEXANDRE TOMBINI, deverá enfatizar durante eventos da reunião de primavera do FMI que o Brasil está adotando as medidas necessárias para atravessar com segurança o período de transição na política monetária dos Estados Unidos. Ele terá uma agenda cheia ao longo da semana, na qual deverá se encontrar com a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, num almoço do Comitê Econômico Consultivo (ECC, da sigla em inglês).

    O ECC é um organismo formado pelos membros do Conselho de Diretores do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e tem a função discutir os principais temas da economia global. O BIS é tido como o Banco dos bancos centrais. O almoço será na sede do Fed, no sábado. Não será uma reunião bilateral, mas permitirá um encontro entre TOMBINI e Yellen.

    O presidente do BC também deverá participar de um evento sobre a visão dos países emergentes frente à política monetária global no Brooking”s Institute, na quinta-feira. No domingo, ele deverá coordenar uma conferência do FMI sobre fluxos de capitais em mercados emergentes.

    A expectativa é a de que TOMBINI faça uma defesa da política adotada pelo Brasil diante do cenário econômico internacional em que os Estados Unidos estão reduzindo gradativamente o processo de compra de títulos, o que torna aquele país mais atraente a investidores e tende a elevar o dólar nas nações emergentes. Já foram efetuados três cortes consecutivos e a compra de títulos que era de US$ 85 bilhões mensais caiu para US$ 55 bilhões. Além disso, Yellen indicou há duas semanas que os juros nos EUA podem começar a subir no primeiro semestre de 2015. Esse aumento torna o mercado americano mais atraente para investimentos e, com isso, a tendência é a de gerar uma saída de dólares dos países emergentes.

    O presidente do BC deve defender que o Brasil tem condições de atravessar com segurança essa fase de mudanças na política monetáriados EUA, pois possui reservas internacionais, realiza um programa de intervenção no mercado de câmbio, com a venda de swaps e leilões cambiais e fez elevações contínuas na taxa básica de juros. TOMBINI fez análises neste sentido em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em março passado.

     

    Fonte: Valor Econômico

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