Edição 002 - 06/01/2021

2021: UM FELIZ ANO NOVO?

2021?

“Era uma vez um fazendeiro. Um dia, um de seus cavalos fugiu. Seus vizinhos vieram até ele, comentando como aquele acontecimento era um infortúnio. O fazendeiro respondeu: ‘pode ser’.

“No dia seguinte, o cavalo que fugiu voltou, trazendo com ele sete cavalos selvagens. Os vizinhos apareceram novamente, dizendo que isso era uma grande sorte. O fazendeiro respondeu: ‘pode ser’.

“Depois disso, o filho do fazendeiro tentou domar um dos cavalos selvagens e caiu, quebrando uma perna. Os vizinhos vieram lamentar o ocorrido, dizendo que aquilo era muito ruim. O fazendeiro respondeu: ‘pode ser’.

“No dia seguinte, oficiais do exército que estava recrutando soldados apareceram, mas não levaram o filho do fazendeiro por conta da sua perna quebrada. Os vizinhos vieram ao fazendeiro falando sobre como aquilo era ótimo, e ele respondeu: ‘pode ser'”.

O engraçado desta fábula é que você pode escolher um final feliz, ou não, conforme o número de parágrafos que você lê.

A ideia de um fazendeiro inerte que espera impassível pela próxima alegria, ou pela próxima desgraça, nos sugere um mundo sem controle em que a resignação é uma virtude.

Afinal de contas, que controle você tem sobre ele?

No final de 2019, um ano duro, com perdas de emprego e estagnação da economia, muitos ansiavam pelo seu fim.

Era só esperar o próximo parágrafo.

2020 não poderia ser pior!

Foi!

Houve uma pandemia mundial. Houve mortes e doenças acima do normal, o número real de vítimas só será conhecido no futuro. Economias entraram em parafuso.

Nada disso mudou a rotina da cabeça das pessoas.

Os que agem correram para buscar vacinas, descobrir novas formas de trabalho remoto, ativar novos modelos cooperativos que integrarão a nova economia mundial daqui para frente.

Os que esperam, continuarão a dar 7 pulinhos na praia enquanto olham para o próprio umbigo, achando que basta não fazer nada para que tudo dê certo no final.

2021?

Pauta negocial, valorização do Servidor do Banco Central, combate ao desmonte do Serviço Público e ao arrocho salarial!

Mas tudo isso, é claro, exige mobilização!

O resto é filosofia barata.

 

NOTA DE PESAR

Com grande pesar, recebemos a notícia do falecimento do nosso grande colega e amigo Paulo de Tarso Galarça Calovi, ou simplesmente Calovi, como era conhecido.

Como um bom gaúcho de Alegrete, não titubeava ao falar do rio da sua terra: “O rio Ibirapuitã é a nascente do Oceano Atlântico!”.

Nas palavras da colega Miriam de Oliveira, “Um idealista incansável! Um amigo leal! Uma pessoa passional que se entregava com muita paixão a tudo o que fazia!”.

Segundo o representante do Conselho de Administração da ABACE,
“Uma verdadeira legenda e uma fonte de inspiração naquilo que nele, dentre tantas qualidades, se sobressaia: afeto sincero, ideal, integridade e coragem. Um ser humano valente, que nunca se escondia ou deixava de se comunicar com transparência e honestidade. Fazia política com convicção e lealdade. Política, como se diz, com P maiúsculo. Eu costumava dizer sobre essa impetuosidade corajosa dele que era alguém que corria seus riscos, que assumia suas convicções e não fugia das suas responsabilidades. Confiável no melhor sentido dessa palavra. Alguém a quem se podia dar as costas e continuar seguro. Se adversário, também leal. Forte, duro, mas também afetuoso, em seus limites de hombridade gaúcha. Um Tchê!”.

Nós do Sinal-RJ apresentamos à família as nossas sinceras condolências por esta terrível perda.

Que o legado de luta e determinação em tudo que fez em nosso Sindicato seja sempre fonte de inspiração a todos os colegas que aqui permanecem!

Calovi foi presidente do Sinal-DF e atualmente ocupava os Cargos de diretor de Assuntos Previdenciários do Sinal Nacional e diretor Financeiro do Sinal-DF. Também participou de diversas entidades representativas do Funcionalismo do Banco Central: ABACE, ASBAC e CENTRUS.

Calovi, presente!

Que assim seja, velho amigo!

Descanse em paz!

 

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