Edição 8 – 22/1/2016

A grama do vizinho 2


Enquanto o presidente Tombini debruçava-se em explicar o estouro da meta e, em caráter pessoal, reorientar, à véspera do Copom, as expectativas do mercado em relação ao movimento da taxa de juros, o secretário Rachid se fez porta-voz da proposta salarial apresentada ontem a seus pares da Receita.

Segundo a autoridade, 21,3% em quatro parcelas e um bônus foram oferecidos a auditores e analistas da Receita Federal do Brasil, com, respectivamente, progressividade e regressividade aos recém ingressos e aposentados da carreira, tudo isso acrescido de novas prerrogativas para os funcionários do Leão: consta que seriam doravante reconhecidos como Autoridades Tributárias. Como contrapartida, a saída do subsídio.

Avaliações ouvidas pelo Apito Brasil dão conta de que a extensão parcial do bônus aos aposentados, o que não aconteceu no termo dos advogados, seria uma compensação pela autorização de as carreiras jurídicas exercerem advocacia privada, enquanto na ativa.

Ainda no ano passado, o secretário de relações do trabalho Sergio Mendonça havia cantado a bola. Proposta melhor, só vindo “de cima”.

Depois do “japonês da Federal”, qual máscara vai vender mais no Carnaval? Secretário Rachid ou Presidente Tombini?

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