Edição 006 - 12/01/2022

A palavra do presidente Roberto Campos

 

 

Na tarde de ontem (11), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se reuniu com representantes do Sinal, ANBCB e SintBacen.

A respeito de Proposta de Reestruturação da Carreira de Especialista do BC entregue ao DEPES em dezembro/2021, Roberto declarou que está aberto a ouvir e apoiar os avanços na modernização da Carreira.

A diretora de Administração informou que, após avaliação do DEPES, levará a Proposta para análise da Diretoria Colegiada.

Em relação à questão do reajuste salarial esclareceu que, atualmente, sua posição é contrária à concessão de reajustes para quaisquer Categorias, em função da ausência de espaço no Orçamento Público para tanto. No entanto, se realmente houver a concessão de reajuste para alguma Categoria, se comprometeu a lutar por um reajuste equivalente para os Servidores do BC, de maneira a evitar novas assimetrias.

Assim como em comunicados diplomáticos precisamos decifrar o significado de jargões utilizados para se chegar ao correto entendimento dos diversos graus de informação de uma nota oficial, aqui também temos de ser precisos sobre as observações efetuadas pelo presidente da Instituição para sermos fiéis às ideias expressas na ata da reunião.

Infelizmente, “estar aberto a ouvir e apoiar os avanços na modernização da carreira” não significa qualquer comprometimento com a efetivação do documento entregue.

O termo “estar aberto” significa exclusivamente que, de plano, não o repudia.

Permanece a esperança que depois de sua passagem pelo DEPES e a informação da diretora Carolina de que levará a proposta para a análise da Diretoria Colegiada, o presidente possa se manifestar mais assertivamente sobre que papel ele pretende exercer para a sua efetivação.

Com relação à posição de Roberto Campos, que se diz contrário à concessão de reajustes em função da ausência de espaço no Orçamento Público, consideramos no mínimo curioso o seu posicionamento.

Desde que chegou ao Governo, conforme o jornal O Estado de São Paulo (18.9.2021), o presidente Jair Bolsonaro tomou uma série de decisões em benefício de militares e Servidores da segurança pública, como policiais e bombeiros, que custarão pelo menos R$ 27,7 bilhões até o fim do seu mandato, em 2022. E nestes valores nem está computada a recente promessa de aumento de R$ 1,7 bilhão.

Onde estava Roberto Campos? Seu argumento não é válido para Categorias de estimação do Palácio do Planalto?

A definição do Orçamento Público é assunto altamente político e foi justamente dentro desta seara que Roberto Campos adentrou ao participar das discussões realizadas no Congresso no ano passado. Recebeu muitos elogios, até como forma de lançar farpas sobre o combalido Ministro da Economia, mas, na sua pregação, foi simplesmente ignorado.

A peça orçamentária de 2022 é a desgraça que todos vemos, mas continuar a falar que não pode haver reajustes salariais por falta de espaço no Orçamento Público, sinceramente, é o mesmo que dizer que devemos ser penalizados pela farra do Governo.

Chegamos ao ponto principal: o presidente se compromete a lutar por um reajuste equivalente para os Servidores do BC, caso haja a concessão de reajuste para alguma Categoria, de maneira a evitar novas assimetrias.

E as anteriores?

Se não é a resposta esperada, não podemos deixar de considerar que é uma boa notícia ao menos o reconhecimento da injustiça que significaria um aumento salarial exclusivo para apenas uma Categoria funcional como pretende o Governo.

E neste sentido, não podemos deixar de considerar que estamos sendo avalizados em nossa luta por este posicionamento.

Ocorre Senhor presidente, que este não é o primeiro ano sem reajuste salarial e sim o terceiro (1.107 dias, para ser exato), com perdas que caminham aceleradamente para os 40%.

E, portanto, como é que fica?

Não há hipótese de nos mantermos inertes perante grau tão grande de perda salarial.

Esperamos que na próxima reunião, marcada para o fim de Janeiro, possamos avançar para respostas mais concretas e menos condicionadas.

Até lá, devemos nos preparar para a Paralisação do dia 18, visto que, como reconheceu o presidente Campos, a nossa luta é justa e, portanto, não devemos esmorecer.

Participe da Paralisação do dia 18!!!

 

 

ATÉ QUANDO?

O gráfico ilustra a defasagem salarial em relação ao patamar de julho de 2010, considerando as três parcelas de reajuste de 5%, concedidas em janeiro de 2013, 2014 e 2015, as parcelas de 5,5%, em agosto de 2016, 6,98%, em janeiro de 2017, 6,64%, em janeiro de 2018, e 6,31%, em janeiro de 2019, conforme acordos celebrados com o governo.Ressalta o corrosômetro a estimativa1  da perda salarial acumulada de agosto de 2010 a outubro de 2021, em termos de quantidade de salários atuais, deixados de receber no período.1 Somatória das defasagens salariais (incluem as do 13º salário) calculadas em cada um dos meses do período, corrigidas pela variação do IPCA acumulado até outubro de 2021.19 de novembro de 2021.

 

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