Edição 85 – 14/6/2016
A transmissão de cargo e os servidores
Como esperado, o novo presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, centrou o seu discurso, na transmissão do cargo, em como pretende cumprir a missão designada à autoridade monetária.
Para tanto, anunciou nomes para a composição da Diretoria Colegiada, que contará, após avaliação dos novos diretores pelo Senado, com cinco servidores de carreira e quatro originários do setor privado e acadêmico. Algumas pastas ficarão a cargo de seus atuais gestores, os novos indicados são: Carlos Viana de Carvalho, para a Diretoria de Política Econômica; Isaac Sidney Menezes Ferreira, para o cargo de diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania; Reinaldo Le Grazie, para a Política Monetária e Tiago Couto Berriel, para Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos.
Há de se destacar que Ilan declarou que considera fundamental manter e aprimorar a autonomia operacional do BC, porque ela beneficia a sociedade, mas que “para esse fim, será relevante discutir com o restante da equipe econômica, a autonomia orçamentária do Banco Central.
Em nossa visão resta, portanto, concentrar-se esforços para a autonomia administrativa, de forma ao Banco Central voltar a funcionar como uma autarquia plena, da forma preconizada pelo Decreto-Lei 2000/1967, que dispõe sobre a organização da Administração Federal.
Só assim, o Presidente terá plenas condições de atuar decisivamente pela revalorização do servidor desta casa, a quem Ilan devotou sua maior confiança para enfrentar os desafios que lhe estão impostos, lembrando inclusive o apoio que teve quando há anos foi diretor do BCB.
É hora, pois, de transformar as palavras em medidas concretas de reconhecimento e valorização dos servidores, bem como do estabelecimento de condições de trabalho adequadas ao exercício das funções institucionais.