Edição 160 – 9/10/2015
Acelera, Tombini
Enquanto os russos acertam o centro da meta desde 1500 quilômetros de distância, a diretoria do Banco Central parece ter se dado por satisfeita com a visita protocolar dos ex e atual diretor de Administração ao Secretário de Relações do Trabalho Sergio Mendonça, há mais de uma semana.
O esforço do presidente Tombini precisa ganhar a mesma velocidade com que conservou, segunda passada, o status ministerial da autoridade monetária. Porque a pauta específica precisa entrar agora e por inteiro na proposta governamental, que se anuncia para breve mas, ao mesmo tempo, parece ainda mais longe de conter termos pelo menos razoáveis.
Uma rápida enquete sobre o clima organizacional em São Paulo, feita na tarde de ontem, quando todos os servidores da praça estampavam o realinhamento já no peito e no local de trabalho, indicou que 90% dos quase trezentos consultados avaliam como ruim ou péssima a participação demonstrada pela diretoria na efetivação seguinte pauta:
a) realinhamento remuneratório entre os subsídios de analistas e procuradores;
b) recuperação da proporcionalidade histórica de 50% entre os subsídios de técnicos e analistas;
c) modernização da carreira de especialista;
d) acerto da situação dos servidores celetistas ativos.
E o sentimento de deterioração do clima organizacional superou os 80%, no mesmo levantamento. Como estará o ânimo dos servidores nas outras sedes do BC?
Para que se torne um pouco menos indigerível o arrocho que se anuncia na pauta geral, é preciso garantir o imediato atendimento da pauta específica.
Da nossa parte, vamos todos os dias para o pátio do banco. E Tombini e Feltrim?
É hora de pisar no acelerador, diretoria.
Sem Mesa exclusiva até às 12 horas de hoje.