Edição 100 - 26/11/2015

Acorda Brasil! Acorda Servidor do Banco Central!

Realinhamento já, paridade sempre!

Ainda perplexos, na expectativa do que ainda poderá acontecer, acordamos com a sensação de estar vivendo um pesadelo com os acontecimentos de ontem, quando mais uma rede de apurações foi puxada e nela agarradas personalidades acima de qualquer suspeita.
 
 Todos “gente fina”, senador da república, profissionais liberais, banqueiros, etc … gente que desfila na relação dos mais ricos, dos mais sérios representantes do povo e gente detentora de ilibada capacidade profissional.
 
 Esse tem sido o perfil dos integrantes das “quadrilhas” que vem assaltando os cofres públicos e desviando recursos para o exterior. São empresários bem sucedidos, banqueiros, políticos que formam uma teia de relacionamento com detentores do poder para a troca de favores. “É o toma lá dá cá”. Eu te sirvo e você me enriquece. O custo deste “esquema” tem saído muito caro para a sociedade.
 
 Recursos existem, resultado do suor dos brasileiros, mas estão blindados, protegidos por sigilos nos paraísos fiscais e alguns poucos aqui mesmo no Brasil, protegidos pelas fundações criadas para esse fim. 
 
 A república está podre, contaminada pela corrupção e o povo  cada vez mais pobre e desprotegido nesse processo.
 
 Que país é esse que aperfeiçoa cada vez mais a malha de arrecadação dos assalariados e esquece de correr atrás das grandes fortunas, geralmente constituídas de forma fraudulenta?
 
 Precisamos estar atentos e desenvolver mais o exercício de nossa cidadania. Nossos filhos e netos cobrarão isso de nós.
 
 Incrível que no mesmo dia em que vem a tona mais uma “maracutaia”, somos surpreendidos com propostas vindas do Congresso ou sabe-se lá de onde, sugerindo que os servidores públicos federais do Executivo não tenham reajuste nem em agosto/2016.
 
 Seria a nossa quota maior de sacrifício para fechar o deperecido orçamento de 2016. Cabe lembrar que pacificamente os servidores foram obrigados a abrir mão de reajuste em janeiro/2016, de forma impositiva pelo governo para compor as medidas de ajuste fiscal. Entretanto ficaram resguardados os reajustes de militares, servidores do judiciário, legislativo e o questionável (mais um) reajuste dos magistrados.
 
 Enquanto isso, prorrogado de mês em mês, desde agosto, o prazo para o governo apresentar uma proposta firme de reajuste se esgota e ele permanece silente, variando mais do que “biruta” de aeroporto. Só faz lançar boatos e promessas divisionistas entre nós.
 
 Pior, tem colegas que ainda acredita que cairá do céu um bônus para retribuir a sua dedicação à Casa.
 
 O que está acontecendo entre nós? Estamos anestesiados?  Estamos mesmo convictos de que não merecemos o salário que ganhamos? Nossa formação conservadora nos impede de nos posicionarmos contra o ajuste fiscal?
 
 O fato é que a inflação, sem controle, rodando na casa dos dois dígitos e o nível insuportável da taxa Selic já está trazendo consequências nefastas em nossos orçamentos.
 

É hora …

     … de acordarmos, de reagirmos, de brigar e exigir do BC uma ação firme
          pelo  “REALINHAMENTO JÁ!”. 

     … de o nível gerencial se desapegar da comissão e do poder e exigir
         providências da Diretoria.

      … de refletirmos sobre o futuro da instituição e sobre a administração do
           caos que se avizinha. 

Participe!

Juntos somos fortes!

 

 

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