Edição 240 - 29/12/2023

AGN: servidores indicam intensificação da luta já nos primeiros dias de 2024


Em Assembleia Geral Nacional nesta quinta-feira, 28 de dezembro, os servidores do Banco Central do Brasil decidiram pela intensificação das mobilizações em defesa da valorização da carreira já nas primeiras semanas de 2024. A AGN aprovou indicativo de greve de 24h no próximo dia 11 de janeiro, que será apreciado em nova Assembleia no dia 5, às 14h30.

O aumento da pressão tem como pano de fundo o possível aumento das assimetrias com carreiras congêneres, da Polícia Federal e da Receita Federal, haja vista a ausência de devolutivas minimamente satisfatórias até agora à pauta dos Especialistas do BC.

A AGN ainda concedeu a permissão para que o SINAL busque no âmbito do Judiciário a efetivação das entregas de substituições na Autarquia, uma vez que a administração da Casa, como resposta ao movimento da categoria, avocou para si a decisão de indicar ou excluir os substitutos de funções comissionadas.

Também foram aprovados o início da lista de entrega de comissões, a entrada, em 11 de janeiro, na matriz de impacto da fase 3 da Operação-Padrão e uma moção (confira abaixo).

O SINAL convoca os colegas do Banco Central em todo o país a se somarem à mobilização já nos próximos dias. Apenas com o engajamento de todos conseguiremos impedir a desvalorização de nossa carreira.

Moção aprovada pela AGN de 28 de dezembro:

Desde o ano passado, os servidores da carreira de Especialista do Banco Central do Brasil (Analistas e Técnicos) têm se engajado em uma forte mobilização para a correção de assimetrias remuneratórias existentes em relação a carreiras congêneres, internas e externas ao Bacen. Ao longo desse processo de mobilização, a interlocução da Diretoria Colegiada do Bacen com os servidores permanentes da instituição foi inadequada, em diversas ocasiões, ainda que, no período mais recente, tenham sido por ela feitos pronunciamentos de apoio às reivindicações dos servidores.

No entanto, diante da situação presente das negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que parece indicar que nossas assimetrias remuneratórias atuais em relação a carreiras congêneres não apenas não serão superadas, como possivelmente se aprofundarão, e diante também da existência de Proposta de Emenda Constitucional apresentada ao Congresso Nacional, aparentemente com apoio da Diretoria Colegiada, ou pelo menos de seu Presidente, que aprofunda a autonomia do Banco Central e que terá reflexos sobre a nossa carreira, nós, servidores do Banco Central do Brasil, reunidos em Assembleia Nacional em 28 de dezembro de 2023, declaramos que:

1) Quaisquer que eventualmente tenham sido os esforços de defesa de nossas atuais reivindicações pela Diretoria Colegiada do Bacen, eles, até o momento, demonstraram-se evidentemente ineficazes, sendo necessário que essa Diretoria redobre esses esforços;

2) Qualquer tentativa de encaminhamento, por membro da Diretoria Colegiada ou pelo conjunto do órgão, de proposta que interfira sobre a estrutura de nossa carreira e que não seja discutida previamente com o conjunto dos servidores e suas entidades sindicais representativas implica a reincidência em erros do passado recente e tem o nosso repúdio.

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