AONDE FOI PARAR O NOSSO REAJUSTE? FOI “CONVOCADO”!
O final de ano não trouxe apenas desejos de “Boas Festas” e de um “Feliz Ano Novo”.
A luta no Congresso Nacional não é só por “rabanadas”.
Se no ano passado houve certo consenso para a promulgação da assim chamada PEC da Transição, que permitiu ao novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos no Orçamento de 2023, este ano, com a fixação de uma meta fiscal zero para as contas em 2024, o cobertor teria de ficar curto para todo mundo.
Mas sabemos muito bem que no Brasil não é assim que a coisa “rola”.
O deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), relator do Orçamento, turbinou emendas e o fundão eleitoral e cortou no PAC do governo.
O valor das emendas parlamentares passou de R$ 37 bilhões, na proposta enviada pelo governo, para R$ 53 bilhões.
O relatório de Motta fixou o valor de R$ 25 bilhões para as emendas individuais, sendo R$ 19,4 bilhões para deputados e R$ 5,6 bilhões para senadores.
As emendas de bancadas estaduais somam R$ 11,3 bilhões.
Uma verdadeira farra para os partidos do Centrão.
O relator propôs inicialmente cortar R$ 17 bilhões do PAC, porém já revisou o corte para R$ 6,3 bilhões, com o total do PAC previsto para o próximo ano indo para R$ 54 bilhões.
O que está em jogo é a eleição para as prefeituras em 2024, e a munição para esta disputa serão as obras e os respectivos empregos produzidos pela “chuva de dinheiro” que será despejada nos municípios brasileiros.
Quem conseguir mais prefeituras larga na frente na futura eleição presidencial.
E você, meu caro servidor público, deve estar se perguntando: E eu com isso?
É que mesmo sem você ser consultado, o nosso reajuste salarial foi convocado para esta “guerra” do Orçamento.
Nesta guerra, nós entramos de “bucha de canhão”.
Evidentemente, não todos os servidores públicos.
Os reajustes salariais do Judiciário e do Legislativo já estão garantidos para os próximos três anos.
É que eles são “arrimo de família”, possuem imunidade “política”. Ninguém no executivo quer “irritá-los”.
São as “castas” da nossa república.
O que fazer diante de mais essa humilhação?
Ficar calado?
É claro que não.
Mas quem vai à guerra sem artilharia pesada e sem estratégia sobre o que fazer, acaba no túmulo do “soldado desconhecido”.
O atual Estado de Greve de nossa Categoria deve fazer-nos questionar que atitudes podemos de fato tomar.
Diga pelo que você quer lutar!
LUTE JUNTO COM O SINAL!