Edição 1083 – 10/02/2020

Arregacem as mangas! 2020 chegou


Bem-vindos a 2020!

Depois das festas de final de ano e das férias de muitos, damos as boas-vindas a todos!

Esperamos que tenham renovado suas forças – vamos precisar delas mais do que nunca!

Antes de falar deste ano, nós, do Sinal-DF, gostaríamos de relembrar como terminamos 2019:

Mesmo com as grandes ameaças que vivemos, com as várias reformas apresentadas ou apenas anunciadas, conseguimos barrar algumas e minorar prejuízos em outras (como no caso do Coaf, em que conseguimos blindar o Banco do trânsito de servidores e funcionários de outras carreiras).

Infelizmente, não conseguimos a mesma atuação com relação ao PASBC. Aparentemente, o Depes conseguiu convencer a maioria de que é melhor abrir mão, pagando do próprio bolso, os déficits apresentados, afirmando e comparando nosso Programa de Assistência à Saúde, a planos de saúde de mercado. Mesmo que subliminarmente, o Depes tenha assumido que há muito o que melhorar nos processos gerenciais do Programa. Nós, da direção do Sinal, entendemos que se trata de um benefício, assim como o vale transporte ou vale alimentação e por isso, sempre será deficitário. É um investimento na saúde e na qualidade de vida dos servidores, além de ser um dos grandes atrativos de entrada para a Carreira do Banco Central e, por isso, devemos exigir do Banco o empenho necessário à sua manutenção.

Sobre a Reforma da Previdência, os aumentos das alíquotas já foram percebidos no nosso contracheque e o tempo de pedágio para aposentadoria foi tratado de forma nada isonômica e muito menos justa no Congresso. Parece que a apatia e a descrença tomaram conta dos servidores públicos em geral, que divididos já desde 2003 – quando também houve uma reforma-, não tiveram força para defender aqueles que tinham o direito contratado.

Mas em um ponto, conseguimos nos unir!

Mostrando que, quando juntamos nossas forças, em nome da preservação do Banco Central, conseguimos nos mobilizar sim! Atuamos contra o chamado “carreirão” e nos foi garantido pelo nosso Presidente que o Banco não estará neste rol. Inferimos que, com essa mobilização, conseguimos adiar a apresentação desta proposta específica do Governo ao Congresso.

E agora, como estamos em 2020?

– Ameaça de redução do salário em 25% com a redução de jornada;

– Ameaça à nossa estabilidade;

– Ameaça de implantação de um sistema de avaliação muito aquém ao do Banco Central, que ainda pode melhorar muito, deixando o servidor muito mais vulnerável na sua relação de trabalho;

– Flexibilização das regras para demissão;

– Ameaça de contratação sem concurso público e várias outras ações que simplesmente não justificam, não melhoram e não modernizam o serviço público.

Por isso não podemos nos acomodar. Claro que, como em qualquer instituição, as públicas têm pontos que devem ser melhorados constantemente. Contudo, o diagnóstico de cada uma deve ser feito de forma minuciosa sob pena de se generalizar e o prejuízo se tornar ainda maior. No caso do serviço público, os prejuízos serão diretamente do cidadão.

A forma que o Governo adotou para aprovação da reforma administrativa em uma velocidade inversamente proporcional à necessidade de diálogo não nos traz nenhuma confiança de que o está sendo realizado trará benefícios à nossa sociedade. O que o Sinal tem buscado é, pelo menos, o mínimo necessário de diálogo e interlocução com os responsáveis por essas reformas.

Desta maneira, devemos ficar atentos e analisar com calma antes de concordar com algumas propostas do Governo, proposta essas que nos atingem em cheio.

E é por isso que contamos com você, filiado, para que neste momento único na história do nosso país, possamos atuar de modo a nos fazer ouvir, a nos fazer respeitar e ter coerência para que os prejuízos não sejam maiores dos que os que têm se mostrado. Precisamos mais do que nunca que participem e participem ativamente deste momento histórico para nós, servidores públicos.

Para nós servidores do Banco Central do Brasil.

A atuação ou a omissão de cada um neste momento, será definitivo para a história do nosso País.

A atuação ou a omissão de cada um neste momento vai dizer no futuro qual de nós é ou não parasita neste momento. Não como servidores públicos, obviamente, pois quanto a isso temos certeza da nossa produtividade. Mas na condução dos nossos destinos como trabalhadores que servem à nação e não ao governo.

Atenciosamente,

Andréia Medeiros
Presidente do Conselho Regional
Seção Regional Brasília

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