Edição 059 - 24/08/2020

AS MENTIRAS DA REFORMA ADMINISTRATIVA

É dever de todo o Servidor combater o novo “linchamento moral” que se avizinha e que busca desmantelar o Setor Público por intermédio de meias-verdades junto com mentiras descaradas com claros objetivos políticos.

O desgaste do Projeto Guedes apenas incentiva a tentativa do presidente da Câmara de assumir a posição de “Queridinho do Mercado”.

Diante da oportunidade, o “Botafogo” (alcunha relacionada na planilha de pagamentos da Odebrecht e que a PF presume que a ele se refira) passou a pressionar fortemente pelo envio da proposta da Reforma Administrativa do Governo ao Congresso Nacional.

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado

(FONACATE) está lançando os “Cadernos de Reforma Administrativa”, com o objetivo de qualificar a discussão sobre a Reforma.

Neles, especialistas do IPEA debatem a real situação do Setor Público, com a apresentação de tabelas e informações precisas.

(Ver https://fonacate.org.br/noticia/politica/fonacate-lanca-cadernos-da-reforma-administrativa ) .

Adiantamos alguns tópicos importantes (Cadernos 2 e 5):

  • A máquina pública está inchada! Os Servidores Públicos trabalham pouco!

A narrativa oficial e do Mercado é sempre no sentido de justificar as Reformas com base numa suposta má alocação de recursos, em supostos desperdícios e ineficiências, e também numa postura baseada em preconceito e desmoralização dos Servidores Públicos. Autoridades do Governo chegam ao absurdo de associar o Servidor a um “parasita”, além de acusá-lo de ganhar muito e trabalhar pouco, de ser preguiçoso e corrupto, bem como de estar capturado ou a serviço das forças de esquerda.

Qualquer Reforma Administrativa digna desse nome deve estabelecer como premissa o atendimento adequado às necessidades da população por serviços públicos de qualidade e para tanto não pode prescindir de uma máquina pública com Servidores organizados em carreira, com remuneração adequada e estabilidade para desenvolver suas habilidades, sem estar sujeito a pressões ou chantagens dos governantes de plantão.

Em lugar do desmonte dos serviços e perseguição aos Servidores, a sociedade exige medidas de profissionalização e valorização dos serviços e dos Servidores Públicos, de um lado, com políticas públicas que protejam os mais vulneráveis, e, de outro, com políticas de recursos humanos ou de gestão de pessoas que contemplem todo o ciclo laboral.

Daí não ser admissível, ou aceitável, que o Servidor Público se torne a cobaia de experimentos privatistas, ou que seja despido de quaisquer capacidades ou prerrogativas para exercer a sua função, em um ambiente altamente politizado, sujeito a orientações muitas vezes confusas ou conflitantes, missões muitas vezes intangíveis, e cujos resultados não podem ser medidos pela eficiência ou pela busca do lucro.

  • A remuneração do Setor Público é muito superior para as mesmas funções no Setor Privado!

Os dados lá mostrados revelam a imensa heterogeneidade que existe no Setor Público, que fica escondida nas simples comparações entre médias.

Mostra que, entre as ocupações de nível superior, são reduzidas as diferenças entre os Setores Público e Privado e que o mesmo acontece entre muitas ocupações de nível médio.

As diferenças se concentram em algumas ocupações, particularmente nas carreiras jurídicas e do direito.

Nesse sentido, uma Reforma geral, que trate todos Servidores da mesma forma, visando tão somente reduzir a despesa global com pessoal, possui como consequência precarizar as ocupações públicas, sem com isso garantir melhora alguma do desempenho institucional agregado do Setor Público.

Os trabalhadores de nível médio no Serviço Público não são privilegiados em comparação com os trabalhadores privados, eles são apenas trabalhadores menos precarizados.

Estes poucos exemplos acima, corretamente analisados com tabelas e documentação, demonstram claramente a forte carga ideológica que acompanha as propostas do Governo.

Tais propostas são fortemente veiculadas na mídia institucional como uma saída para o fim do mundo que se prenuncia se não forem efetivadas.

Cabe aos Servidores do Banco Central, Categoria que dispõe de alta capacidade técnica e educacional, não se deixar levar por propostas mercantilistas travestidas de administrativas.

É nosso dever apontar a má-fé e as falácias que se escondem nas propostas “racionais” que são colocadas na mesa.

Divulgue, contribua, não deixe as mentiras sobre o Serviço Público e os Servidores Públicos prevalecerem!

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Coronavírus: ‘Virei alcoólatra durante a pandemia’ 

 Número de pessoas que enfrentam problemas com bebidas cresceu muito durante a quarentena no Reino Unido.

Fonte: G1 – https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/08/23/coronavirus-virei-alcoolatra-durante-a-pandemia.ghtml
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