Ato contra as reformas previdenciária e trabalhista reúne milhares de manifestantes


#OcupeBrasília.

Atendendo ao chamado das entidades sindicais e movimentos sociais, dezenas de milhares de cidadãos brasileiros – mais de cem mil manifestantes, segundo órgãos da imprensa – vindos dos mais diversos estados e municípios, compareceram à capital federal para reivindicar a manutenção de garantias ameaçadas pelas reformas previdenciária e trabalhista, nesta quarta-feira, 24 de maio. O Sinal fortaleceu a atividade, erguendo a bandeira da defesa social, com representantes de várias regiões do país, assim como as demais entidades que compõem o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), dos quais fazemos parte.

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Sob o sol forte de Brasília, as entidades emitiram um sonoro “não” às reformas do modo em que foram propostas, exigindo amplo diálogo e confrontando a condução das medidas por meio da PEC287/2016 e do PLC38/2017.

A grande marcha de ontem, que partiu do estádio nacional Mané Garrincha e teve como destino a Esplanada dos Ministérios, foi convocada muito antes dos recentes escândalos que, mais uma vez, abalaram o Planalto e o Congresso Nacional (relembre aqui e aqui menções no Apito Brasil). Dada a gravidade dos fatos revelados na semana passada, foi inevitável que diversos grupos somassem à mobilização, originalmente só contra as reformas, o coro pelo afastamento do presidente da República, Michel Temer (PMDB), e por eleições diretas.

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Nota triste do ato desta quarta-feira, ações de violência transformaram o ambiente de reivindicações legítimas em um cenário de guerra, expondo ao risco desnecessário a grande maioria de manifestantes ordeiros em suas atitudes.

Nem violência nem medidas autoritárias

O Sinal, neste grave momento nacional, reafirma seu caráter pacífico, condenando atos de vandalismo e depredação do patrimônio público, assim como manifesta seu total repúdio a qualquer atentado às regras democráticas, seja o recrudescimento das normas de segurança, as restrições ao direito popular de ir e vir e a utilização de força policial desmedida, com a alegação de “garantia da lei e da ordem”.

Não é assim que se constrói o país em que queremos viver.

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