Edição 191 – 30/10/2019

Autonomia para o BC e “carreirão” para seus servidores (2)


No Apito Brasil de ontem, 29, “Autonomia para o BC e ‘carreirão’ para seus servidores”, o Sinal alertou mais uma vez, como já vem fazendo desde agosto de 2017, que é enorme a possibilidade de o Banco Central do Brasil estar inserido na carreira única de servidores públicos, que virá no bojo da chamada Reforma Administrativa, que deverá ser encaminhada para o Congresso Nacional nos próximos dias.

Por mais de vinte boletins – clique aqui para relembrar – discorremos que, pela vontade do governo, seja o anterior, seja o atual, o BC estará dentro do “carreirão”, que prevê salários iniciais de até R$5.000,00, para cargos de nível superior, aumento no número de níveis para se chegar ao topo da carreira, para até 30, mobilidade plena dos servidores entre os órgãos, restrições às progressões por tempo de serviço e, logicamente, fora de uma lei específica que disponha sobre as carreiras da Instituição, com todas as consequências que este fato acarretará.

Queremos acreditar que a direção do Banco Central, silenciosa sobre o assunto até este momento, deve ter a exata dimensão dos prejuízos que tal fato ocasionará, tanto para a consecução dos objetivos do Órgão quanto para manutenção de um clima organizacional ao menos aceitável, e sairá a campo para evitar mais essa assimetria inaceitável, pois temos a certeza de que outras carreiras, tão importantes, mas não superiores à nossa, não passarão por esse dissabor.

De que vale a autonomia para uma instituição desvalorizada?

Não podemos aceitar mais essa indignidade com o corpo funcional do BC, merecedor dos maiores elogios por todos os dirigentes que passaram por esta Casa, embora, quase sempre, relegado pelos mesmos dirigentes na promoção de sua decorrente valorização.

O Sinal continuará trabalhando em prol do reconhecimento profissional dos servidores do Banco Central, independente de carreira ou cargo, buscando junto ao governo, ao Congresso Nacional e, principalmente, à direção desta Casa a justa distinção requerida.

Esta luta é de todos nós, precisamos estar unidos e prontos para mostrar nosso inconformismo com mais essa afronta.

Juntos somos fortes!

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