Edição 11 – 10/2/2015

Campanha Salarial 2015 – Palavra do Presidente do Sinal


Caros colegas do Banco Central

Creditada a derradeira parcela do acordo de 2012, abre-se um novo período ainda sem perspectiva de defesa do poder de compra ante a inflação e de reconhecimento à excelência do trabalho dos servidores desta Casa. Ao contrário, as primeiras notícias deste segundo mandato não são nada alvissareiras. Restrições de direitos consagrados, aumento de impostos e da tarifa de energia, perspectivas de aumento da inflação e redução do crescimento econômico, parecem indicar pouca disposição do governo para com os trabalhadores em geral, o que dizer para com os funcionários públicos?

Devemos lembrar que o reajuste anual dos salários é um preceito constitucional e a manutenção do poder de compra um necessidade de todo o trabalhador.

É fato que o poder de compra da nossa categoria já contabiliza, hoje, um decréscimo da ordem de 25% em relação ao patamar alcançado no grande acordo de julho de 2008, o que justifica um pedido de reajuste de 40% para janeiro de 2016, conforme estudos demonstrados no Apito 151/2014. No entanto, os servidores públicos federais, reunidos em Brasília em 31.1 e 1.2, optaram, após intenso debate, por abreviar o período considerado no cálculo da defasagem, partindo de julho de 2010 para cá, e assim, de forma unificada e consensual, reivindicar uma reposição de 27,3%, em janeiro de 2016.

Recordemos, então, o ano de 2012: professores, funcionários das universidades e escolas técnicas, servidores da saúde e previdência, entre outros, fizeram longa e mobilizada greve para quebrar a arrogância do governo federal e arrancar um reajuste quase linear, de 15,8% em três parcelas, para esse conjunto de carreiras. A entrada em campo dos servidores do BC e de outras carreiras exclusivas de Estado permitiu estender a conquista a quase todos os servidores federais, ainda que no apagar das luzes, e não sem ofensas como “andar de cima” e “sangue azul”.

Desta mobilização ficaram duas lições básicas, que se fundem em uma só: todos juntos pelo reajuste linear!

Assim, convido todos os colegas a participar da Assembleia Geral Nacional deste dia 11 e aprovar a pauta da campanha salarial unificada dos SPFs, em 2015, bem como a participar entusiasticamente do calendário de mobilização proposto – ato nos estados no dia 25.2 (data da entrega da pauta), jornadas regionais em março e outra nacional em abril, em Brasília.

Mas não sem antes observar o item dois dos eixos ora em debate, que fala da correção das distorções das carreiras. Não pode mais o Banco Central conviver com a diferença remuneratória entre Especialistas e Procuradores do BC nem com a redução da proporcionalidade do subsídio dos Técnicos em relação ao dos Analistas.

Tudo isso rumo ao topo do executivo, longo caminho que passa, no momento presente, pela modernização da carreira de Especialista, item não cumprido nos acordos de 2008 e 2012, pela aprovação da PEC 555 e 147 e o cumprimento do acordo dos 28,86%. E muito mais.

Vamos à luta, que 2015 promete.

Daro Marcos Piffer

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