Edição 17 – 29/1/2021

Chacina de Unaí: “crime contra o Estado Brasileiro”, afirma presidente do Sinal


“A chaga da impunidade”. Este foi o título de ato político promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) nesta quinta-feira, 28 de janeiro.

A atividade virtual, que contou com a presença de lideranças de quase vinte entidades da sociedade civil e de familiares dos servidores vitimados, rememorou o evento conhecido como Chacina de Unaí, quando, em 28 de janeiro de 2004, três auditores-fiscais do trabalho e um funcionário do Ministério do Trabalho foram assassinados durante uma ação de fiscalização de uma denúncia de trabalho escravo na zona rural da cidade mineira. Desde então, o clamor é um só: justiça! Passados 17 anos do crime, os mandantes e intermediários seguem em liberdade.

“Eles foram mortos apenas porque, como todo servidor público, como todo trabalhador, queriam desempenhar as suas atribuições da melhor forma possível”, destacou o presidente do Sinal, Paulo Lino, em sua participação. Para ele, o atentado contra um agente público no cumprimento de suas responsabilidades legais representa um “crime contra o Estado Brasileiro”.

Na mesma linha, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, enfatizou a necessidade de união da classe em torno do enfrentamento à persistente impunidade. “A injustiça cometida contra um é a injustiça cometida contra o todo”, afirmou.

Na oportunidade, o presidente do Sinal também pontuou que situações como esta exemplificam as ameaças às quais muitos servidores estão expostos dia a dia e, mesmo assim, permanecem comprometidos com o atendimento à sociedade. “A despeito dos riscos, continuam desempenhando suas funções de agentes responsáveis por garantir os direitos sociais e constitucionais à população brasileira, principalmente aos segmentos mais vulneráveis, ajudando a construir um país mais justo e menos desigual”, afirmou.

“Revolta também a campanha sórdida e mentirosa do governo federal contra os servidores públicos, desconsiderando a capacidade, a competência e a dedicação desses trabalhadores”, concluiu Paulo Lino.

Assista aqui o evento na íntegra.

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