Edição 230 – 22/12/2021

Congresso aprova Orçamento sem reajuste para servidores do BC; o descaso da Diretoria do BC foi preponderante para isso!


O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira, 21 de dezembro, o Orçamento da União para o próximo ano. O projeto, que agora segue para sanção do presidente da República, contempla, dentre outros pontos, um reajuste para carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.

A inexistência de qualquer menção a um reajuste para as carreiras do Banco Central do Brasil é apenas um reflexo da passividade e da indiferença da Diretoria, em especial do presidente Roberto Campos Neto, a respeito das reivindicações dos servidores. Com a aprovação da matéria, acentua-se a assimetria remuneratória em relação a carreiras congêneres, o que a direção da Casa havia se comprometido a combater.

O Sinal seguirá o trabalho, como vem fazendo há meses, em busca de espaço para a concessão de um índice de reajuste capaz de repor pelo menos as perdas salariais dos últimos anos. A atuação não se limita, porém, à interlocução com os Poderes. Nas últimas semanas, o Sindicato manteve contato com veículos da grande imprensa. Nesta terça-feira, o presidente, Fábio Faiad, o diretor de Comunicação, Mardônio Sarmento, e o diretor de Estudos Técnicos, Vicente Fialkoski, se reuniram com o editor executivo do Correio Braziliense, Vicente Nunes, para falar do tema.

Também nesta terça, diversos portais, como Folha, O Estado de São Paulo e o próprio Correio repercutiram a insatisfação dos servidores do Banco Central, em face da falta de reajuste.

“O BC é um órgão essencial para a estabilidade econômica do país. Contudo, nos últimos anos, não houve, por parte do governo federal, o reconhecimento dessa importância na forma de melhorias remuneratórias”, afirmou Fábio Faiad ao Correio Braziliense.

Em nota enviada à imprensa, o Sindicato destacou, ainda, os impactos negativos para a Autarquia de um tratamento diferenciado frente a outras carreiras. “Não só uma animosidade dentro da categoria (degradação do clima e da cultura organizacionais) como também uma fuga generalizada de servidores do BC quando da abertura dos concursos para policiais federais”, observa o texto.

Todo o esforço empreendido pelo reajuste, porém, não tem o devido respaldo político da administração do Banco Central, que, por outro lado, vem colhendo os frutos do bom trabalho desenvolvido pela classe.

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