Edição 99- 14/11/2014

DELEGADOS DE BRASÍLIA FALAM SOBRE A 26ª AND

A avaliação política dos resultados e dos esforços é importante para os filiados e para todos aqueles que consideram a possibilidade de dividir o ônus da manutenção da estrutura representativa e de influenciar seus rumos, em função das repercussões sobre toda a categoria. Além disso, as propostas relativas à campanha salarial e outros reivindicações serão submetidas à Assembleia Geral Nacional (AGN), onde propostas locais acabam por ser levadas à votação eletrônica por toda categoria. Em geral, o que se aprova em um AND dificilmente sofre grandes modificações na instância seguinte, daí a importância de fazer parte e de influenciar na origem. A seguir, os depoimentos dos delegados de Brasília.

Rita Girão Guimarães:

“… Renovou minha fé na participação e construção coletiva. Nada é tão forte quanto todos juntos.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/rita_gir%C3%A3o_and_2014.jpg

“Os primeiros dias da AND foram desalentadores. A luta por democratização, participação e transparência inglória. Nem um mínimo avanço em termos de sistema de poder. O que realmente parecia importar aos “donos” do sindicato eram formas de angariar mais recursos financeiros, como imposto sindical, contribuição negocial ou fundo de campanha. E a pouco explicada luta pela regional de Manaus, quando não conseguimos nem recompor os quadros atuais. Mas nem tudo são amarguras. Conseguimos avanços significativos no tema campanha salarial e QVT. As propostas apresentadas por Brasília foram praticamente todas aprovadas. Dentre elas destaco: equiparação com procuradores; 7 horas de trabalho presencial com complementação (tele-trabalho, sobreaviso, atividade física, estudo); redução de jornada com redução de salário; creche. Credito este sucesso à construção coletiva, ao trabalho anterior à AND nas reuniões e troca de mensagens com a participação não só dos delegados, mas também de outros colegas. Renovou minha fé na participação e construção coletiva. Nada é tão forte quanto todos juntos.”

Gregório Alberto Saiz Lopes:

“… a diferença salarial existente atualmente entre servidores da área fim e de área meio é uma distorção antiga…”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/gregorio_and_2014.jpg

“Fomos para essa AND cientes de que enfrentaríamos uma missão bastante difícil, pois desejávamos ampliar a transparência e a aproximação entre filiado e direção, por meio de eleições diretas, pelo menos para os principais cargos da diretoria nacional. Infelizmente houve muita resistência por parte de colegas que não desejam reduzir essa distância pois, provavelmente, acreditam que uma maior aproximação do filiado poderia ameaçar o status quo atual, no qual os mesmos ‘iluminados’ se revezam e se perpetuam nos cargos de direção, privando o filiado da escolha de seus principais representantes e mantendo estes cada vez mais distantes dos reais anseios da categoria. Esse foi o destaque negativo da Assembleia.

Dentre os pontos positivos, merece destaque a diretriz de Campanha Salarial aprovada: equiparação entre analistas e procuradores. A diferença salarial existente atualmente entre servidores da área fim e de área meio é uma distorção antiga, reconhecida como indevida até mesmo pelo Procurador Geral do Banco, que precisa ser corrigida e que, uma vez aprovada pela instância máxima do sindicato, deverá, após referendada pela categoria, ser perseguida por sua direção.”

Fernando Cerveira de Sena:

“… mantivemos a luta histórica por mais democracia e transparência no Sinal, embora tenhamos tido pouquíssimos avanços nessa área…”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/fernando_cerveira_and_2014.jpg

“Satisfeito com a participação de Brasília na AND: mantivemos a luta histórica por mais democracia e transparência no Sinal, embora tenhamos tido pouquíssimos avanços nessa área; aprovamos propostas de reinvindicação salarial justas e plausíveis na maioria dos casos (não houve unanimidade em nenhum quesito); aprovamos, também, alguns pontos de luta importantes referentes ao PASBC.

Sei que não será fácil conseguirmos aumentos salariais nos próximos anos, nunca foi, mas temos que ter em mente que a valorização do servidor do BC é importante, também, para a sociedade.”

Obrigado pela confiança.”

Paulo de Tarso Galarça Calovi:

“… a ideia de eleger-se diretamente a Diretoria Executiva se contrapõe a de fortalecer o CN. Se queremos fortalecê-lo e aproximá-lo dos filiados, por que não o elegermos diretamente, estabelecendo assim um compromisso dele com seus filiados?”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/calovi_and_2014.jpg

“Penso que a XXVI deixou a desejar. Os relatórios dos grupos foram muito extensos e bastante prolixos, sem nenhum poder de síntese, o que acabou tornando as discussões na plenária pouco produtivas.

Antes da AND falava-se muito no fortalecimento do Conselho Nacional e sua aproximação com os filiados, mas o que acabou ocorrendo foram tentativas de eleição direta para a Diretoria Executiva Nacional, órgão de execução e assessoramento do Conselho Nacional que é um poder político maior e a quem cabe, observadas as diretrizes da AND, estabelecer a ação política do Sindicato. A ideia de eleger-se diretamente a Diretoria Executiva se contrapõe a de fortalecer o CN. Se queremos fortalecê-lo e aproximá-lo dos filiados, por que não o elegermos diretamente, estabelecendo assim um compromisso dele com seus filiados? Apresentei proposta nesse sentido e sequer foi apreciada pela falta de tempo. Outra proposta que apresentei foi a da segregação das funções do CN e da Diretoria Nacional, que também não foi apreciada.

Como ponto positivo, destaco a audiência Pública na Assembleia do Estado do Amazonas, onde não só constatamos o clamor pela instalação de uma representação do BC no Amazonas, como podemos verificar a precária situação do meio circulante nacional e a nefasta atuação do nosso MECIR. Penso que está na hora de revisarmos a decisão que transferiu a Custódia para o Banco do Brasil. Como era previsível, se um banco não atende bem seus próprios clientes, como irá atender bem sua concorrência?”

Sara Alves Gomes:

“… o único meio para a modernização efetiva do Sinal é a participação majoritária como afiliados do Sinal…”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/sara_alves_gomes_and_2014.JPG

“Minha opinião é a de que, somente no dia em que os servidores da regional de Brasília tiverem a plena consciência de que o único meio para a modernização efetiva do Sinal é a participação majoritária como afiliados do Sinal, conseguiremos ter a chance de sanar diversos vícios e mudar o que realmente deve ser mudado. Inclui-se aí a forma como a própria AND é conduzida antes, durante e após os trabalhos.”

Carlos Tadeu Pimenta:

“… estamos avançando devagar, as conquistas são lentas, mas virão!”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/tadeu_and_2014.jpg

“Para mim uma AND é o fórum adequado para discussão das metas e rumos do Sindicato. Portanto, espera-se que sejam discutidos assuntos levados pelo conjunto dos filiados e em direção ao aprimoramento da luta política, e por aquilo que é de interesse corporativo. Nesse, sentido, entendo que as discussões na AND de Manaus trouxeram algumas conquistas, embora entenda que deveria ser melhor, principalmente no que se refere à estrutura de poder do Sinal, que avançou muito pouco. Porém, estamos avançando devagar, as conquistas são lentas, mas virão.”

José Ricardo da Costa e Silva:

“… aprovamos muitas propostas de reivindicação salarial, de qualidade de vida e do PASBC …”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/jose_ricardo_sa99.jpg

“Aproveito aqui as palavras do delegado Fernando Sena, para descrever minhas impressões.

Saio satisfeito com a participação da delegação de Brasília na AND: mantivemos a luta histórica por mais democracia – eleição direta de dirigentes e transparência no Sinal. Embora não tenhamos tido avanços significativos nessa área, o que realmente me deixou muito entristecido; aprovamos muitas propostas de reivindicação salarial, de qualidade de vida e do PASBC que refletem demandas dos servidores e filiados de Brasília. Mesmo com a baixa perspectiva de ganhos salariais nos próximos anos, temos em mente que a valorização do servidor do Banco Central e de seus servidores é vital para a sociedade.”

Judah Barbosa Rodrigues Reis:

“… Brasília hoje tem o maior número de pessoas que querem mudar. Qualquer desistência do nosso lado faz com que a luta se torne mais fácil para a turma do deixa estar.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/judah_reis_and_2014.jpg

“Gostaria de destacar uma experiência que tive no segundo dia da assembleia. Estávamos em plena luta pela mudança no sistema eletivo do sindicado e, a pesar de sermos maioria, a bancada do “deixa como está” conseguiu impedir qualquer mudança no estatuto (que precisa de 2/3 de votos). Nessa hora me bateu uma decepção muito forte, uma vontade de voltar pra Brasília, cancelar minha filiação, desistir do sindicato… “Já que esse sindicato não vai mudar mesmo, pelo menos não gasto meu dinheiro”.

Mas, se todos fizessem isso, quem iria lutar?

Brasília hoje tem o maior número de pessoas que querem mudar. Qualquer desistência do nosso lado faz com que a luta se torne mais fácil para a turma do deixa estar. Precisamos mudar esse sentimento do “se eu não gosto, eu fico fora”. Tem que ser ao contrário! Se você não gosta, aí mesmo que você tem que participar! E ainda buscar mais 3 ou 4 pessoas para lutarem com você!

Saio com a convicção clara da importância da minha filiação. É bem possível que não volte mais a uma AND, mas fico muito tranquilo de ser representado por uma liderança tão séria e comprometida como o SINAL-DF.”

Max Meira:

“… Em 2012 foram 37 votos, em 2014 foram 43. Precisávamos de 58 votos – eu creio que com diálogo e com mais filiações, principalmente em Brasília, chegaremos lá.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/0008-c_Max%20Meira.JPG

“No que se refere à Campanha Salarial, obtivemos definições claras, como a equiparação entre analistas e procuradores em todos os níveis e um caminho para a recuperação do salário dos técnicos, além de propostas para QVT.

No tema “Para que serve um sindicato”, perdemos uma boa oportunidade de ouvir as bases e fizemos um trabalho introspectivo de impacto limitado. A grande decepção foi o tema “Estrutura de Poder do Sindicato” que teve quase todas as propostas rejeitadas e, mesmo obtendo maioria da Plenária, não obteve os 2/3 necessários aprovar um Sistema Eleitoral mais participativo. Em 2012 foram 37 votos, em 2014 foram 43. Precisávamos de 58 votos – eu creio que com diálogo e com mais filiações, principalmente em Brasília, chegaremos lá.

A pior lembrança desta AND foi ver as três sessões sendo fechadas com um grande número de propostas não apreciadas. A grande lição, entretanto, foi que os poucos avanços só vieram com muito esforço.”

Mauro Mazzochin:

“… A lição que ficou, é que há necessidade de todos os servidores se envolverem …”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/mauro_mazzochin_and_2014.JPG

O Sinal ao alcançar os 26 anos está repleto de pessoas que muito lutaram para o sindicato chegar até aqui, essas pessoas dedicaram muito tempo e esforço e hoje se sentem como responsáveis e até um certo ponto proprietárias do sindicato.  Essas pessoas lutam quase que cegamente para que não haja mudanças, pois temem que os que irão chegar poderão destruir o sindicato que tanto lutaram para construir.

A luta empreendida por um grupo considerável de delegados, não apenas de Brasília para que mudanças importantes fossem implementadas não foi muito produtiva, mas conseguimos alguns avanços relevantes e foi possível incluir/ratificar uma série de itens importantes para a pauta de negociações.

A lição que ficou, é que há necessidade de todos os servidores se envolverem, não apenas nas lutas pelas mudanças no sindicato, que se fazem necessárias, mas principalmente na luta para garantir melhores condições de trabalho e para conquistarmos e mantermos uma remuneração adequada.

Esse desafio é de todos, sejam servidores lotados na sede ou nas regionais, sejam dirigentes ou simpatizantes do sindicato, temos que nos comunicar e levar a mensagem de luta a todos, pois da nossa união resulta a força, foi com a força dessa união que conquistamos os últimos reajustes e será assim que iremos alcançar as próximas conquistas, pois se não estivermos todos juntos sucumbiremos ao peso do Estado.”

Amilcar Francisco Faria:

“… acho importante salientar a importância de tomarmos por nossas mãos os destinos do Sindicato …”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/amilcar_francisco_faria_and_2014.JPG

“Além das colocações do Fernando, do Mauro e da Rita, acho fundamental salientar a importância de tomarmos por nossas mãos os destinos do Sindicato, para evitar que outros, notadamente os de má fé, possam dele se apropriar como os patrimonialistas da monarquia que se apropriavam do público como privado, em benefício próprio, porque entendia-se que o que público não é de ninguém.

Esse pensamento pouco evoluiu ao pensar o que é público como sendo de todo mundo, porque o que não é de ninguém ou o que é de todo mundo, não tem responsáveis.

Precisamos introjetar que o público é de cada um de nós e portanto, cada um de nós é responsável por ele.

Assuma sua responsabilidade pelo Sindicato que também é seu, para que ninguém dele se aproprie com irresponsabilidade por sua falta de responsabilidade.

Importante também frisar que a AND não pode ser ringue onde pessoas possam ou devam dar vazão a sua animalidade interior, não obstante divergências de pensamento, e deixar claro às pessoas que dela participam que abusos de conduta por falta de civilidade serão denunciadas para abertura de PAD.

Só a chibata, em alguns casos, pode impedir humanos de se tornarem animais!”

Vânia Maria Monteiro Souto:

“… a Delegação de Brasília colaborou efetivamente com propostas novas, especialmente em questões não estatutárias. De nossa união, negociação, discussão e esforço conjunto poderá nascer no futuro o Sindicato que almejamos …”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/vania_and_2014.jpg

“Já participei de muitas ANDs (acho que umas 12). Para mim não foi nenhuma surpresa que os resultados alcançados não tenham sido tão significativos. No entanto, avalio que lutamos a boa luta, fizemos a nossa parte levantando a bandeira das diretas e possivelmente plantamos sementes de mudança!

Além disso, a Delegação de Brasília colaborou efetivamente com propostas novas, especialmente em questões não estatutárias.

De nossa união, negociação, discussão e esforço conjunto poderá nascer no futuro o Sindicato que almejamos. Eu ainda não desisti!

Agradeço a confiança dos colegas e peço que participem mais das decisões coletivas, fortalecendo nossa luta!”

Silvia Helena Oliveira:

“… O empenho de todos com o mesmo objetivo se faz necessário para o engrandecimento do Sindicato e a representatividade de fato de todos os funcionários do Bacen.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/silvia_helena_and_2014.JPG

“Fiquei muito contente em participar da XXVI AND em Manaus. Pela primeira vez em uma AND.

Embora os anseios da bancada de Brasília por mais transparência e mais democracia no sindicato não tenham sido satisfatórios, a luta foi grande nesse sentido.

Por outro lado, itens importantes no PASBC e na questão salarial tiveram bom resultado, sobretudo no que diz respeito à busca pela equiparação entre analistas e procuradores.

Sinto que há uma necessidade urgente de melhor interação entre sede e regionais e entre as próprias regionais. Às vezes tive a sensação de estar numa luta entre rivais e não entre participantes de um mesmo Sindicato, o que considero muitíssimo prejudicial. O empenho de todos com o mesmo objetivo se faz necessário para o engrandecimento do Sindicato e a representatividade de fato de todos os funcionários do Bacen.

No mais, parabenizo os participantes, destacando o Max, Zé, Marcelo, Gregório e Fernando entre outros que lutaram brilhantemente.”

Orlando de Araújo Vilela Sales:

“… o entendimento e avanço sobre questões importantes ficam adiados, mas vislumbro um futuro promissor para ambos.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/orlando_de_araujo_vilela_sales_and_2014.jpg

“Saí da AND um tanto frustrado por acreditar que se perdeu uma oportunidade de se avançar numa série de consensos importantes para o Sindicato. Digo isso porque a sensação que tenho é a de que um encontro como o da AND, em que as pessoas podem discutir pessoalmente suas diferenças e negociar consensos, gera possibilidades que são inalcançáveis para as negociações realizadas à distância, mesmo com todo o desenvolvimento das comunicações do mundo moderno. Mas infelizmente não se conseguiu avançar muito nas questões referentes à estrutura de poder e eleições do Sindicato.

Entretanto, também saio da AND otimista em virtude das conversas que tive com algumas pessoas sobre os assuntos mais polêmicos. A sensação que tive a partir das conversas é a de que será sim possível avançar num futuro próximo e que isso não aconteceu ainda porque, infelizmente, oportunidades de encontro pessoal como a oferecida pela AND são raras. Minha percepção é de que há vontade de avançar de ambas as partes e que isso só não aconteceu ainda por falta de tempo para o adequado diálogo. Se os integrantes do sindicato morassem todos na mesma cidade, certamente já se teria alcançado muitos acordos satisfatórios. Como esse não é o caso, o entendimento e avanço sobre questões importantes ficam adiados, mas vislumbro um futuro promissor para ambos.”

Thiago Rodrigues Cavalcanti:

“Fórum de debates e deliberações sobre a ação sindical para os próximos anos, a AND me pareceu uma boa oportunidade para contribuir com o futuro da relação de trabalho no Banco Central.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/thiago_rodrigues_cavalcanti_and_2014.jpg

“Fórum de debates e deliberações sobre a ação sindical para os próximos anos, a AND me pareceu uma boa oportunidade para contribuir com o futuro da relação de trabalho no Banco Central. Foram seis dias de discussões, várias ideias e propostas. O ponto mais crítico foi a relação de poder dentro do Sindicato, algo pouco relevante para a maioria dos servidores. Os outros dois assuntos que versavam sobre campanha salarial, qualidade de vida no trabalho e o papel do Sindicato, foram menos ruidosos. Aspectos sensíveis e de grande interesse como PASBC, redução da jornada de trabalho, campanha salarial e creches, foram debatidos e encaminhados para que a executiva nacional procurasse viabilizar as melhorias.

Durante a AND é importante ouvir e entender os argumentos. Grupos com opiniões divergentes mas consistentes dentro da sua linha de raciocínio procuram influenciar as ações. Essa é uma dica pra quem for para as próximas ANDs, tentar entender os dois lados da moeda!

Para mim a lição que fica é a necessidade de todos os servidores se sentirem representados pelo Sindicato. A partir daí, certamente, aumentaremos as filiações e o engajamento de todos. Se todos fizessem um pouco teríamos um resultado bem mais expressivo para as nossas demandas.

Vamos em frente, procurando fazer do Bacen um ambiente cada dia mais harmonioso, tanto na sede, quanto nas regionais. Assim, teremos a capacidade de cumprir nossa missão institucional, mantendo um alto nível de satisfação pessoal e profissional.”

Henrique Seganfredo:

“…Fica o entendimento que, por mais sacrificante que seja (os trabalhos encerraram às 21h de um sábado), este é um dos canais mais apropriados para levar as demandas da categoria.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/henrique%20seganfredo_and_2014.jpg

“Esta é a minha terceira participação em ANDs e considerei o formato mais conciso e produtivo. Os assuntos como sempre polêmicos, colocam frente a frente em discussão pessoas com as mais diversas origens, crenças e perfis ideológicos, o que impõe o desafio de convergir ideias e entender as opiniões nem sempre tão óbvias. Fica o entendimento que, por mais sacrificante que seja (os trabalhos encerraram às 21h de um sábado), este é um dos canais mais apropriados para levar as demandas da categoria. Fica o recado para que filiados de todas regionais que nunca participaram façam ao menos um test-drive nas próximas ANDs. As mudanças ocorrem somente pela união das forças e muitas das expectativas geradas quanto às revisões na estrutura sindical, de forma a moldar um sindicato mais dinâmico e tempestivo, somente ocorrerão com a participação daqueles que as ensejam.”

Josina Maria de Oliveira:

“Apesar do grupo de delegados ser heterogêneo, achei a AND muito válida e de maior entrosamento entre os participantes, quando comparada à anterior (Belém/Curitiba).”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/josina_maria_sa99.JPG

“Achei a primeira parte boa. A segunda parte foi fraca, a proposta de eleições diretas dividiu muito o grupo. Já os assuntos  de campanha salarial, condições de trabalho e QVT, acho que foram bem colocados, com discussões construtivas e propostas bem fundamentadas, com aprovações de mudanças para o Sinal.

Apesar do grupo de delegados ser heterogêneo, achei a AND muito válida e de maior entrosamento entre os participantes, quando comparada à anterior (Belém/Curitiba).”

Auriel Eleutério Marques Júnior:

“Queria mesmo é ver atitudes que permitissem às vozes dos filiados serem auscultadas por meio daquilo que é mais significativo nas democracias: o voto direto!”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/auriel_and_2014.jpg

“Queridos colegas, há uma frase de música do Belchior que retrata fielmente a atual situação do SINAL e o que foi a AND realizada em Manaus: “Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.

Confesso que compareci à AND em respeito aos duzentos e poucos votos recebidos dos filiados que me elegeram como delegado, visto que não vislumbrava qualquer mudança significativa logo após uma palestra, em Brasília, dos componentes do grupo ESTRUTURA DE PODER, que relataram as percepções captadas dos dirigentes do SINAL nas demais regionais.  Com todo respeito aos demais grupos e ao trabalho desenvolvido, no meu entendimento aquele era realmente o único que poderia produzir mudanças transformadoras no relacionamento do SINAL x FILIADOS x NÃO FILIADOS.

Enfim, o resultado da AND foi pífio. Continua tudo como dantes. Gostaria, sinceramente, de não ter razão! Queria mesmo é ver atitudes que permitissem às vozes dos filiados serem auscultadas por meio daquilo que é mais significativo nas democracias: o voto direto!  Que cada candidato apresentasse as suas propostas e os filiados decidissem quem os representaria. Simples assim.

A atual situação de poder do SINAL é tão distanciada dos representados que mais da metade dos servidores não sabe quem é o presidente do seu sindicato. Ademais, se hoje algum filiado se dispuser a questionar algo do que foi/não foi decidido na AND, sequer encontrará um interlocutor que se declare responsável. Explico: a) se procurar o presidente do SINAL certamente será informado que somente faz o que o Conselho Nacional manda, isto é, somente é um preposto; b) se procurar o Conselho Nacional não há quem fale por ele.

Acrescento que os novos filiados e, principalmente, as pessoas novas levadas para participação pela 1ª vez em AND, como foi o caso de Brasília e algumas outras Regionais, talvez não mais encontrem ânimo em participar de algo que deveria ser tão estratégico, renovador e catalisador de ideias, quando percebem: a) a acomodação; b) o fechar dos ouvidos aos anseios que sequer são discutidos (como é o caso de Eleições Diretas, que ao meu ver não é a panaceia, mas é a única forma de mexer com a água parada em que se encontra o SINAL); c) a perpetuação do status quo (depois, a reclamação da falta de novos quadros!) etc.

Finalmente, com todo o respeito aqueles que construíram e continuam construindo o Sinal, sugiro a todos cantarmos e meditarmos na música do Belchior, deixando-nos ser transformados na nossa mente, para podermos ser instrumentos da vontade de quem faz, participa e sustenta o SINAL: SUA MAJESTADE, O FILIADO!

E siga la pelota!

Auriel, ainda com fé!”

Anderson Heringer Werner:

“Quando os servidores de Brasília tomarem para si a responsabilidade de contribuir com o Sindicato à altura de sua contribuição para o Banco Central, esta regional passará a cumprir papel decisivo na liderança do Sinal.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/0024-c_Anderson%20Heringer%20Werner.JPG

“A AND é um fórum fundamental de expressão e discussão para os filiados. Nesta edição, não foram obtidos avanços no tema 2 (Estrutura de Poder), o que reflete a baixa disposição à mudanças por parte dos representantes dos servidores. Tomando a votação da proposta mais representativa desse tema, que tratava de eleições diretas por chapas para os diretores executivos do Sinal, Belém, Belo Horizonte, Brasília e Salvador são favoráveis a mudança; Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Rio são contra; São Paulo tem mais favoráveis que contrários.

O tema 3 (Campanha Salarial e QVT) aprovou diretrizes corretas, o que é uma conquista e nos ajuda a preparar para difíceis negociações salariais que virão.

Brasília é a regional com mais servidores e onde a maior parte dos departamentos do Banco Central está sediada. Paradoxalmente, não tem nenhum diretor executivo do Sinal e é a regional com o menor percentual de filiados, relativamente. Quando os servidores de Brasília tomarem para si a responsabilidade de contribuir com o Sindicato à altura de sua contribuição para o Banco Central, esta regional passará a cumprir papel decisivo na liderança do Sinal.

Desafio os servidores de Brasília a contribuir mais no futuro, seja se candidatando a delegado para as ANDs, ou se filiando, em ambos os casos estabelecendo metas e cobrando os resultados que sempre desejaram do Sinal.”

Marcelo Araujo da Costa

“A experiência da AND me fez respeitar mais, por mais paradoxal que possa parecer, o trabalho do Congresso.”

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/marcelo_ara%C3%BAjo_costa_adn_2014.jpg

A participação em minha primeira AND, sem dúvida, foi objeto de múltiplas emoções. Alegria pelo evento, a descoberta de outros funcionários que compartilham dos mesmos objetivos, decepção pela perda em temas importantes, cansaço pela exaustiva  rotina de votações, alívio ao fim do dia e, fundamentalmente, o compartilhamento das experiências com outros delegados. Adicionalmente, a experiência da AND me fez respeitar mais, por mais paradoxal que possa parecer, o trabalho do Congresso.

Edições Anteriores
Matéria anteriorE o acordo dos 28,86%, mixou?
Matéria seguinteSinal levará ao Seminário dos Servidores Públicos Federais índice de 40%