Edição 082 - 23/09/2015

Diretor Altamir: Como o Sr. pretende entrar para a história de nossa Instituição? 

Como o “Diretor corta-ponto” dos servidores do BCB?

O texto publicado no Apito Brasil 147, “Pode vir quente que eu estou fervendo”, relata conversa mantida entre os colegas Conselheiros do Sinal-SP e o atual diretor de Administração do Banco Central, Sr. Altamir Lopes, quando ele esteve na Regional de São Paulo, na última sexta-feira, dia 18 de setembro.

Diz lá:

“Cobrado da sua atuação junto ao Ministério do Planejamento, pela resolução da pauta específica do BC, afirmou não ter sido demandado pelo Sindicato para tal, mas que fazia diuturno contato com o secretário Sérgio Mendonça. A respeito das paralisações, confirmou sua determinação em proceder o desconto dos dias parados”.

E ainda:

“Altamir manifestou apoio ao realinhamento, à proporcionalidade e ao reajuste dos celetistas, medidas necessárias à pacificação da Casa, segundo relatos de participantes, da mesma forma que disse estar plenamente disponível para ajudar no encaminhamento das questões à Secretaria das Relações do Trabalho, embora, frisou, não tivesse sido demandado até então”.

O Conselho do Sinal-RJ entende que o Diretor Altamir não parece estar efetivamente interessado em resolver os problemas da carreira de especialista do BC e, além disso, utiliza ao limite seu poder de constrangimento sobre o movimento de mobilização da categoria.

Porventura o Sr. Altamir Lopes não lê o Apito Brasil?

A alegada falta de demanda à sua Diretoria sobre as necessidades do quadro funcional em plena campanha salarial não parece crível, uma vez que ao menos os informativos do Sinal já deixaram mais do que claras as cobranças da categoria. Será que o Diretor não dispõe ao menos de uma assessoria para informá-lo do que está acontecendo em nossa Casa?

Relembrando, então, ao Diretor Altamir: a categoria luta, em sua pauta específica, pelo efetivo realinhamento do cargo de analista ao de procurador no BCB e, também, pela recuperação, ainda que parcial, da remuneração do cargo de técnico em relação ao de analista, além de, naturalmente, pela modernização daquele cargo, com a mudança do nível de escolaridade exigido para os próximos concursos.

Seu alegado desconhecimento dessas reivindicações, feitas, reiteradas vezes, de modo público, pelo Sinal, causa não apenas estranheza, mas também forte repúdio e indignação por parte dos servidores desta Casa.

E quanto ao ponto cortado?

Como se não bastasse a alegação de desconhecimento das demandas da categoria, com a sua consequente falta de ação, o diretor de Administração determina “o desconto dos dias parados”, procurando, assim, desmobilizar um movimento legítimo dos servidores.

Por ser uma autarquia, o Banco Central tem autonomia maior que outros órgãos da esfera federal para gerir questões administrativas, como o corte de ponto. De fato, outros Diretores de Administração tinham ciência disso e, efetivamente, faziam fazer valer essa autonomia, evitando o corte de ponto durante o período de paralisações dos servidores ou acenando, claramente, com negociações em torno do assunto.

Acompanhamos na imprensa e em relatos de colegas que participam do Fórum dos Servidores Públicos que diversas categorias em greve há muito mais tempo que os trabalhadores do BC não tiveram seu ponto cortado.

Dizer que o ponto será cortado a cada dia de paralisação mostra a falta de sensibilidade não apenas em relação ao objetivo que a Dirad deveria também buscar, o da valorização dos servidores do BC, mas, também, com os colegas que participam de mobilização legítima na busca de melhorias para as suas condições de trabalho e que, tendo seu ponto cortado, sofrem com problemas de custeio de suas despesas.

Estivesse regulamentada a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, talvez o Diretor não tivesse o poder legal para fazer o que faz. Mas, como dito, age o Diretor no limite do que pode fazer para desmobilizar o movimento paredista no Banco Central.

Há ainda tempo para o Diretor Altamir Lopes corrigir tais equívocos cometidos contra os servidores desta Casa, despedindo-se do cargo que ora ocupa com gestos de grandeza, que revisem suas declarações aqui comentadas.
Alternativamente a isso, resta a ele (que continuará a ser Diretor, agora da DIPEC, do BCB) ser reconhecido, dentro e fora de nossa instituição, meramente como um “diretor corta-ponto” de seus funcionários.

Como o Sr. pretende entrar para a história de nossa instituição? 

Juntos somos fortes!

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10h – Entrada da ADRJA

Compareça, informe-se e opine: só juntos somos fortes!

  

 

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